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Parte da experiência de ter uma mente humana é estarmos o tempo todo tendo novos pensamentos. Alguns têm um conteúdo bom e agradável, outros são neutros, e há aqueles que podem ser difíceis e até indesejáveis. É compreensível tentar afastar os pensamentos difíceis ou evitar “pensá-los”, mas o problema de lidar com eles dessa forma é que, muitas vezes, isso resulta em mais sofrimento. Em vez de desaparecerem, esses pensamentos podem se tornar ainda mais frequentes ou até influenciar nossas escolhas, levando-nos a evitar determinadas situações apenas para não tê-los. Quando tentamos suprimir um pensamento, frequentemente ele volta com mais …

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica caracterizada por desatenção, impulsividade e hiperatividade. No entanto, diversos outros transtornos e condições podem apresentar sintomas semelhantes, levando a diagnósticos equivocados. Uma das principais condições confundidas com o TDAH é a ansiedade, pois indivíduos ansiosos podem ter dificuldade de concentração, inquietação e impulsividade devido ao estado de alerta constante. Da mesma forma, a depressão pode causar desatenção e falta de motivação, sendo interpretada erroneamente como desatenção do TDAH. Outro transtorno frequentemente confundido com o TDAH é o Transtorno do Espectro Autista (TEA), especialmente em casos mais leves, …

Sentimentos difíceis como a ansiedade e a raiva, mesmo que tentemos controlá-los, costumam estar presentes ao longo da nossa vivência. Para muitas situações da vida, esses sentimentos costumam aparecer para a maioria das pessoas, com alguma variação em sua intensidade, por exemplo quando vamos realizar uma entrevista de emprego para uma vaga muito desejada, sentimos ansiedade no momento da entrevista e até antes quando pensamos sobre como será o momento, é algo normal e esperado, devido a importância de desempenhar bem na entrevista e as implicações de um resultado incerto. Uma frase que gosto e que exemplifica isso é “Doi …

Nos transtornos depressivos, a memória é diretamente afetada devido a alterações na estrutura e funcionamento do cérebro. A depressão impacta especialmente a memória de trabalho e a memória episódica, dificultando a retenção e recuperação de informações. Isso ocorre porque o hipocampo, região essencial para a consolidação da memória, pode sofrer redução volumétrica devido ao excesso de cortisol, hormônio do estresse. Além disso, há menor ativação do córtex pré-frontal, comprometendo a atenção e a organização dos pensamentos. Pessoas com depressão tendem a apresentar um viés negativo na recordação de memórias, lembrando-se mais de experiências desagradáveis do que de momentos positivos. Esse …

A depressão, sob a ótica psicanalítica, afeta a tomada de decisão ao comprometer os processos inconscientes que regulam a subjetividade do indivíduo. Freud relaciona a melancolia a um luto não elaborado, no qual a perda simbólica leva à identificação com o objeto perdido, gerando sentimento de culpa e desvalia. Nesse estado, o ego enfraquecido sofre intensa autocrítica, dificultando escolhas assertivas. O sujeito deprimido tende à ruminação e à estagnação, pois o superego se torna rígido e punitivo, intensificando a hesitação e a dúvida. Além disso, o desejo é obscurecido pela apatia, tornando difícil acessar impulsos criativos e motivacionais. O inconsciente, …

Muitas pessoas não sabem que o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) apresenta tipos diferentes. Embora a sigla seja a mesma, as formas como ele se expressa podem variar bastante, tanto pela diversidade dos sintomas quanto em sua intensidade. Russell A. Barkley é um dos maiores especialistas no estudo do TDAH, é frequentemente citado como referência em publicações sobre o tema. Ele enfatiza que o TDAH é mais do que dificuldade em prestar atenção, sendo um transtorno que afeta a autorregulação e o controle de impulsos, implicando em consequências negativas significativas no cotidiano e resultando em sofrimento generalizado …

O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) caracteriza-se por pensamentos recorrentes e indesejados que causam desconforto emocional, seguidos por rituais repetitivos que o indivíduo realiza em resposta a esses pensamentos, com o objetivo de reduzir temporariamente a ansiedade, embora essas ações não tenham uma relação realista com o conteúdo literal da obsessão. Por exemplo, uma pessoa pode ter o pensamento persistente de que sua casa será invadida por um ladrão, o que lhe causa grande ansiedade (obsessão). Para aliviar essa sensação, ela verifica várias vezes se as portas e janelas estão trancadas, mesmo sabendo que já foram trancadas (compulsão). O TOC normalmente surge …

Lidar com o próprio tratamento pode ser penoso para algumas pessoas, uma vez que envolve não só uma situação que traz sofrimento ao indivíduo (e, por isso, a necessidade de buscar ajuda), mas também uma série de expectativas em relação a esse tratamento, como suas implicações e o tempo que levará.  Diante disso, aparecem duas posturas predominantes por parte dos pacientes: por um lado ele se abstém de qualquer atitude e se entrega inteiramente às mãos dos profissionais; por outro, tende a querer saber mais que o especialista rejeitando qualquer recomendação que não esteja alinhada com suas próprias convicções. No …

A ansiedade é uma resposta natural do organismo diante de situações percebidas como ameaçadoras. No entanto, quando essa reação se torna excessiva e desproporcional, pode caracterizar um transtorno de ansiedade. Dois exemplos comuns são o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e as fobias, que, apesar de estarem relacionadas à ansiedade, possuem diferenças significativas. O Transtorno de Ansiedade Gneralizada (TAG) é caracterizado por uma preocupação constante e desproporcional em relação a diversas áreas da vida, como trabalho, saúde e relacionamentos. Pessoas com TAG sentem uma ansiedade persistente, acompanhada de sintomas físicos como tensão muscular, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, insônia etc. …

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é frequentemente associado à infância, mas muitas pessoas só descobrem que são autistas na vida adulta. Isso acontece porque, durante anos, o autismo foi amplamente diagnosticado em crianças, enquanto os sinais em adultos, especialmente em pessoas sem deficiência intelectual, passaram despercebidos. Sinais de Autismo em Adultos Os sinais do autismo em adultos podem variar, mas alguns dos mais comuns incluem: O Desafio do Diagnóstico Tardio Muitos adultos só descobrem que são autistas após anos lidando com dificuldades que nunca foram compreendidas corretamente. Isso pode acontecer porque desenvolveram estratégias para mascarar os sintomas, fenômeno conhecido …