Alzheimer: quando parar de dirigir?
O Alzheimer é a causa mais frequente de demência, sendo responsável por cerca de 50% a 70% do total de casos. Trata-se de uma doença multifatorial, ou seja, há características genéticas como também fatores ambientais ainda não identificados. É também uma doença progressiva cujas alterações por ela trazidas impactam o cotidiano da pessoa.Sabe-se que pacientes com Alzheimer têm maiores chances de acidentes com carros, uma vez que dirigir envolve integração motora, dos sentidos e do cérebro necessitando, por vezes, respostas rápidas o que faz com que a atividade de dirigir não seja simples.É necessário, portanto, observar como estão as habilidades …
Demência Frontotemporal
As demências podem ser entendidas como uma alteração progressiva de pelo menos duas áreas da cognição e do comportamento de modo que interfira no funcionamento pessoal, social e profissional do indivíduo. Deste modo, o termo demência é entendido como uma síndrome, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas que pode ter diferentes causas. A demência frontotemporal se refere a um grupo de doenças com diferentes manifestações clínicas. Elas possuem este nome pelo fato de se tratar de quadros em que os lobos frontais e temporais são afetados, fazendo com que sua manifestação seja, principalmente, relacionada ao comportamento e à …
Demência com Corpos de Lewy (DCL)
Trata-se de uma demência que já foi considerada rara até estudos mostrarem que é a segunda causa de demência por degeneração do sistema nervoso central. Por vezes é confundida com a doença de Alzheimer, porém apresenta algumas características que as diferem. A DCL pode causar alucinações visuais precoces que, por vezes, precede as alterações cognitivas. Também ocorre precocemente a presença de parkinsonismo, ou seja, sintomas como aumento do tônus muscular e dificuldade em realizar movimentos voluntários e lentificação, porém com poucos tremores. É observado nos pacientes com DCL flutuação ao longo do dia, seja em alterações cognitivas como comportamentais, com …
Como lidar com o sentimento de culpa
A vida contemporânea exige de nós a administração de uma série de papéis: ser um bom filho, bom pai, bom amigo, bom profissional, bom marido… e no gerenciamento de todos eles, nem sempre acertamos. Entretanto, a maneira como lidamos com nossos erros e sentimentos de culpa é determinante para nossa saúde emocional. Abaixo abordaremos algumas considerações que podem auxiliar no momento em que o sentimento culpa predomina: – Combata a (fantasiosa) ideia de perfeccionismo Autocobrança exacerbada, exigência de “ser bom” em tudo que faz nos mantém buscando uma meta inacessível. Necessariamente há o desencadeamento de um ciclo de frustração e …
Como lidar com a raiva
Sentimentos como alegria, tristeza, medo e raiva são respostas naturais e inerentes a qualquer ser humano. Mas é comum tentarmos negar a existência deles, especialmente quando não são socialmente aceitos ou politicamente corretos, e geralmente a raiva é o que mais se negligencia com isso. A raiva geralmente está associada a essa sensação de invasão, violação do eu e pode ser decorrente de situações discretas no dia a dia, como ser interrompido em uma reunião, avançarem a delimitação da sua vaga no estacionamento ou receber uma resposta desnecessariamente agressiva. No entanto, encobrir esse sentimento não o dissipa, ao contrário, ele …
Os impactos emocionais da GUERRA
Cerca de dois anos após o início da pandemia e o mergulho em um nebuloso período de instabilidades, incertezas, mortes, uma guerra é declarada no leste europeu e novamente o mundo se depara com intenso sofrimento. É inquestionável o avassalador prejuízo que o conflito armado gera para as pessoas diretamente envolvidas. A começar pela violação da integridade física, já que o direito à vida é posto em risco a cada segundo; o prejuízo financeiro, acadêmico, econômico e poderíamos descrever uma série de outros aspectos concretos, objetivos e mensuráveis. Mas o prejuízo emocional extrapola todas as fronteiras e é incalculável. Antes …
Síndrome de Dom Juan: Quando o flerte e a sedução se tornam vício
Pouco conhecido, a síndrome de Dom Juan ou Afrodite, no caso das mulheres, é um transtorno caracterizado por uma necessidade compulsiva em seduzir, flertar, conquistar uma pessoa, levando muitas vezes ao envolvimento sexual. No entanto, há uma importante incapacidade em desenvolver intimidade, vínculo ou afetividade, com perda de interesse na pessoa conquistada e motivação para iniciar esse mesmo ciclo com um novo alvo. Uma busca constante e disfuncional pelo prazer, que tem como necessidade única e exclusiva chamar a atenção do outro. Cabe ressaltar que trata-se de uma condição diferente de pessoas que simplesmente buscam relações descompromissadas ou sexo casual. …
Piromania – Desdobramentos psicopatológicos do fascínio pelo fogo
Piromania, transtorno este largamente retratado na literatura e no cinema, embora sua ocorrência na população seja bastante rara. Vamos conhecer um pouco mais desta condição cuja principal característica é o interesse patológico e reiterado em atear fogo nas coisas. Ao longo da história da humanidade sempre houve pessoas provocando incêndios, pelos mais variados contextos. Desde manifestações políticas, agricultura, queima de arquivo ou fraudes de seguro, para citar alguns exemplos. O termo piromania foi utilizado pela primeira vez em 1833 por um psiquiatra francês, quando então a visão dos transtornos psiquiátricos era muito diferente do que é hoje em dia. Na …
O Amor não é suficiente
O dia a dia dos atendimentos com casais ilustra uma série de dificuldades de relacionamento pouco abordadas de modo geral, mas altamente freqüentes. Premissas que desenvolvemos ainda na infância, a partir de referências, do nosso olhar para o mundo, de estímulos, entre outros; nos fazem entrar em um relacionamento amoroso com uma “bagagem”, um repertório, realista ou não, mas que influenciará nossa postura e decisões. Uma dessas premissas é a idéia de que “o amor é suficiente”. Ela está sempre embutida na fala dos casais e se não for apontada, ela permanecerá lá, encoberta, omitida e causando danos. Para desespero …
Qual a duração de um processo de psicoterapia?
Uma dúvida muito frequente para quem inicia um processo de psicoterapia é a sua duração. O tempo de um processo de psicoterapia não é algo que pode ser definido de forma exata, pois leva em conta diversos fatores como: Objetivo da terapia, ritmo de cada paciente, vínculo e adaptação ao terapeuta, abordagem do profissional, acontecimentos na vida do paciente durante o processo, dentre outros. Se o paciente chega ao consultório com uma demanda específica (por exemplo: orientação profissional, medo de andar de avião ou acolhimento em alguma situação difícil) é mais provável que com poucas sessões essa questão seja resolvida. …