Quando o medo é paralisante
Todo mundo tem medo ou já sentiu medo de alguma coisa, seja de altura, baratas, aranhas, injeção e por aí vai. Mas é quando esse medo se torna excessivo a ponto de gerar extrema ansiedade e interferir na funcionalidade de uma pessoa que ele se torna um transtorno psiquiátrico: uma fobia.
As fobias podem ocorrer em várias situações, seja na presença de certos animais, eventos sociais, voar de avião e outros. Nas fobias, quando o paciente é exposto a determinada situação, ocorrem 3 tipos de resposta: cognitiva, fisiológica e comportamental.
Em relação à resposta cognitiva, ocorrem pensamentos de se sentir aterrorizado, ideias negativas sobre a própria capacidade e a expectativa de que o confronto com o objeto temido resultará em dano pessoal. O medo sentido é extremo e irracional.
Em termos fisiológicos, há uma reação intensa de ansiedade com aumento da frequência cardíaca, sudorese, boca seca e aumento da frequência respiratória. Já a resposta comportamental envolve a esquiva de tudo aquilo que é temido.
Desse modo, a pessoa tende a isolar-se caso determinada situação envolva o objeto temido. Isso pode repercutir negativamente na vida dos pacientes, que podem ter atividades restritas e solitárias.
Por exemplo, alguém que sofre de fobia social generalizada (que se esquiva de qualquer situação social) acabará por não desenvolver suas habilidades sociais e poderá perder diversas oportunidades em sua vida.
Para termos ideia da dimensão de como é o dia a dia de alguém com fobia social generalizada, trata-se de alguém que não fala em público, muitas vezes não consegue nem se alimentar ou escrever na presença de outros, não faz novas amizades e perde muitas oportunidades por não conseguir ter iniciativas de falar com alguém.
E como se dá o tratamento das fobias? Para a fobia social generalizada, é recomendado o uso de medicamentos e a psicoterapia. Já para a fobia social circunscrita, quando a fobia atinge somente situações específicas, e para outros tipos de fobias específicas, o tratamento de escolha é a psicoterapia.
O tipo de psicoterapia mais estudado para esses casos é a cognitivo-comportamental. A ideia é expor aos poucos o paciente ao objeto temido e fazer uma dessensibilização, diminuindo comportamentos de fuga e esquiva bem como o sofrimento causado pelo confronto com o objeto.