Quais são os Transtornos de Aprendizagem mais comuns?
Por Dra Cristiane Beckert
Transtornos de aprendizagem são dificuldades significativas na aquisição e uso de habilidades acadêmicas, como leitura, escrita, e matemática. Esses transtornos não estão relacionados à inteligência geral, problemas sensoriais ou culturais, mas podem impactar a capacidade de uma pessoa aprender e aplicar conhecimentos escolares. O diagnóstico e o apoio adequado são essenciais para ajudar os indivíduos a superarem essas dificuldades.
Os tipos mais comuns de transtornos de aprendizagem incluem:
- Dislexia: Dificuldade na leitura e na compreensão de textos. As pessoas com dislexia podem ter problemas em reconhecer palavras rapidamente, decodificar palavras novas e compreender o que estão lendo.
- Discalculia: Dificuldade em entender e trabalhar com números. Pode envolver problemas com aritmética básica, memorização de fatos matemáticos, compreensão de conceitos matemáticos e realizar operações matemáticas.
- Disgrafia: Dificuldade na escrita. Isso pode incluir problemas com a formação de letras, ortografia, coerência na escrita e organização do texto.
- Transtorno de Aprendizagem Não Verbal (TANV): Dificuldade em habilidades motoras, coordenação, percepção visual-espacial e social. As crianças com TANV podem ter problemas em interpretar pistas não verbais e em habilidades motoras finas.
- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): Embora o TDAH não seja um transtorno de aprendizagem por si só, muitas crianças com TDAH têm dificuldades significativas na aprendizagem devido à falta de atenção, hiperatividade e impulsividade.
- Transtorno Específico da Linguagem (TEL): Dificuldade em entender e usar a linguagem falada. As crianças com TEL podem ter problemas com vocabulário, gramática e compreensão de textos falados.
Esses transtornos podem variar em gravidade e cada indivíduo pode apresentar um conjunto único de dificuldades e pontos fortes. A intervenção precoce e personalizada é crucial para ajudar esses indivíduos a superar suas dificuldades e alcançar seu potencial acadêmico e pessoal. Além disso, a demora no diagnóstico pode gerar o desenvolvimento de comorbidades,
tais como ansiedade e depressão.
A psicologia sempre significou um campo de interesse para mim.
Desde muito cedo me intrigava sobre “Como nos tornamos nós mesmos?”.
Por isso resolvi me tornar psicóloga, para conseguir compreender o ser humano de modo amplo e científico, como indivíduo e dentro das esferas familiares e sociais.
Durante a faculdade pude conhecer inúmeras abordagens, dentre as quais me identifiquei com a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) e com a Neuropsicologia.
A TCC permite que investiguemos com o paciente seus padrões de pensamento e crenças que podem estar influenciando negativamente sua saúde mental, propondo um modelo organizado de atendimento e traçando objetivos a serem almejados.
Já a Neuropsicologia é um campo de estudo que permite que possamos avaliar o funcionamento do cérebro por meio de testes, atividades e do uso de escalas ecológicas que avaliam o grau de aparecimento de sintomas de uma determinada doença ou transtorno. O relatório da avaliação neuropsicológica permite que sejam traçadas as melhores formas de intervir com o paciente de acordo com seu perfil cognitivo, realizando encaminhamentos e dando suporte às suas dificuldades.
Realizei especialização em Avaliação Neuropsicológica Infantil pela UNIFESP e Avaliação Neuropsicológica pela USP, além cursos de formação em Terapia Cognitivo Comportamental, Reabilitação Cognitiva e Psicologia Jurídica. Sou parte da equipe Mancini Psiquiatria e também atuo como pesquisadora no Núcleo de Avaliação Neuropsicológica Infantil (NANI) da UNIFESP.
Nos meus atendimentos sempre prezo pela ética, olhando o paciente de modo humano, buscando compreender suas dificuldades e potencialidades, proporcionando um ambiente de acolhimento e segurança.
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