Quais os sinais de superdotação na primeira infância?
Por Dra Cristiane Beckert
Identificar crianças superdotadas na primeira infância (0 a 6 anos) pode ser desafiador, pois o desenvolvimento infantil é variável. No entanto, algumas características comuns podem indicar um desenvolvimento intelectual acima da média.
Principais Sinais de Superdotação na Primeira Infância:
- Desenvolvimento Cognitivo Acelerado
• Aprendem a falar cedo e com vocabulário avançado para a idade.
• Fazem perguntas complexas e demonstram grande curiosidade.
• Compreendem conceitos abstratos rapidamente.
• Demonstram memória excepcional, lembrando eventos com detalhes. - Habilidades Motoras Precoces
• Sentam, engatinham e andam antes da média esperada.
• Demonstram destreza manual acima da idade, como desenhar figuras detalhadas cedo. - Interesse Intenso e Persistente
• Ficam muito focadas em um tema específico (dinossauros, planetas, números, letras) e aprofundam-se nele.
• Podem se interessar por conteúdos avançados, como ciência ou matemática, desde cedo. - Criatividade e Imaginação Fora do Comum
• Inventam histórias complexas e brincadeiras elaboradas.
• Demonstram facilidade em encontrar soluções inovadoras para problemas. - Sensibilidade e Intensidade Emocional
• Podem ser altamente sensíveis a emoções próprias e dos outros.
• Demonstram empatia intensa ou reações emocionais mais profundas do que o esperado para a idade. - Facilidade com Números e Letras
• Demonstram interesse por números e alfabetização cedo, podendo aprender a ler e escrever sem ensino formal.
• Gostam de resolver desafios lógicos e matemáticos.
Se uma criança apresenta vários desses sinais, é recomendável buscar uma avaliação neuropsicológica para medir habilidades cognitivas, porque crianças com este perfil fazem necessárias adaptações nas rotinas escolares e sociais. O mais importante é equilibrar estímulo intelectual com desenvolvimento emocional e social, garantindo que a criança cresça de forma saudável e feliz.
A psicologia sempre significou um campo de interesse para mim.
Desde muito cedo me intrigava sobre “Como nos tornamos nós mesmos?”.
Por isso resolvi me tornar psicóloga, para conseguir compreender o ser humano de modo amplo e científico, como indivíduo e dentro das esferas familiares e sociais.
Durante a faculdade pude conhecer inúmeras abordagens, dentre as quais me identifiquei com a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) e com a Neuropsicologia.
A TCC permite que investiguemos com o paciente seus padrões de pensamento e crenças que podem estar influenciando negativamente sua saúde mental, propondo um modelo organizado de atendimento e traçando objetivos a serem almejados.
Já a Neuropsicologia é um campo de estudo que permite que possamos avaliar o funcionamento do cérebro por meio de testes, atividades e do uso de escalas ecológicas que avaliam o grau de aparecimento de sintomas de uma determinada doença ou transtorno. O relatório da avaliação neuropsicológica permite que sejam traçadas as melhores formas de intervir com o paciente de acordo com seu perfil cognitivo, realizando encaminhamentos e dando suporte às suas dificuldades.
Realizei especialização em Avaliação Neuropsicológica Infantil pela UNIFESP e Avaliação Neuropsicológica pela USP, além cursos de formação em Terapia Cognitivo Comportamental, Reabilitação Cognitiva e Psicologia Jurídica. Sou parte da equipe Mancini Psiquiatria e também atuo como pesquisadora no Núcleo de Avaliação Neuropsicológica Infantil (NANI) da UNIFESP.
Nos meus atendimentos sempre prezo pela ética, olhando o paciente de modo humano, buscando compreender suas dificuldades e potencialidades, proporcionando um ambiente de acolhimento e segurança.
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