Processo de Envelhecimento Cerebral
O processo de envelhecimento cerebral o afeta estruturalmente, bem como funcionalmente, e não ocorre de forma uniforme, isto é, não afeta todas as estruturas cerebrais de uma única só vez, nem com a mesma magnitude. Dado o exposto, obtemos como principais características do envelhecimento cerebral
a expansão ventricular e dos sulcos cerebrais, atrofia cerebral, perda de neurônios, depósito da proteína B-Amilóide. Quanto a esta última, ela é produzida durante toda a vida, todavia, no decorrer do envelhecimento, ocorre uma perda gradativa na capacidade de sintetização, levando ao acúmulo desta
proteína no organismo.
Na região do lobo temporal, nota-se que há um comprometimento na formação de novas memórias explícitas, bem como a perda de massa cinzenta no hipocampo (localizado no lobo temporal e responsável pelos processos de aprendizado e memória), a qual refere-se a maior perda comparada as demais regiões do cérebro. Dito isto, a neuroplasticidade torna-se menos eficaz e ativa, comprometendo o processo de aprendizagem durante o envelhecimento.
Nota-se que devido a perda de neurônios, faz-se necessários que os idosos recrutem mais sistemas neurais para realizar tarefas, mesmo que simples.
Refere-se a maior perda neural as regiões: circunvolução frontal superior, temporal superior e frontal ascendente e o córtex visual.
Quanto as funções cognitivas, nota-se que as áreas mais afetadas são a memória de trabalho, capacidade sensorial e perceptual e a velocidade de processamento da informação e respostas. Uma vez que ocorre a lentificação da execução de componentes visuais e mentais, este processo pode afetar a capacidade de tomada de decisão, memorização e atenção.