Neuroimagem
A fim de compreendermos a respeito da neuroimagem, torna-se necessário compreendermos a sua gênese: a radiologia. Isto, porque fora através desta que se tornara possível visualizar a anatomia de um corpo sem ser necessário a submissão à cirurgia. Refere-se a nomenclatura de radiologia ao elemento da
tabela periódica, Rádio, o qual trata-se de um tipo de metal que emite a radiação.
Foi no século XIX que Röntgen descobriu a propriedade do Raio-X (nomenclatura designada por ele). Ele observara que esses novos raios tinham a capacidade de atravessar muitos corpos opacos à luz, até mesmo um livro contendo mil páginas. Isso, porque, esses raios, bem como a luz (brilho de uma
tela fluorescente), podiam propagar-se em linha reta não sendo refratados e refletidos, bem como impressionar chapas.
Quanto à tomografia, esta surgira na década de 70, e baseia-se pela técnica do Raio-X. Através dela, é possível examinar o encéfalo, os limites do sistema ventricular, bem como o osso craniano. Sua propriedade consiste em uma fonte de raio-x, a qual é acionada enquanto realiza movimentos circulares em volta da cabeça do indivíduo, o que faz emitir um feixe de raio-x em forma de leque.
Com isso, a radiação é transformada em sinal elétrico, convertendo-se em imagens digitais, as quais correspondem às secções do crânio. Entretanto, nota-se que a tomografia ainda possui capacidade limitada em relação a diferenciação da massa cinzenta e da massa branca das regiões dos núcleos
da base e do cerebelo.
Ainda em relação à tomografia, no que diz respeito a visualização da imagem, observa-se que o osso e as calcificações se apresentam na cor branca, enquanto a substância branca, uma coloração mais escura.
Na Ressonância Magnética, esta é caracterizada por uma técnica não invasiva, não contendo a presença de radiação ionizante e é capaz de produzir imagens de alta resolução e contraste. Sua propriedade consiste em utilizar campos
magnéticos e ondas de rádio que são capazes de gerar imagens detalhadas do interior do corpo humano. O exame consiste em o indivíduo posicionar-se dentro de um scanner, o qual cria um campo magnético de alta magnitude. Em
seguida, pulsos de radiofrequência são aplicados, fazendo com que os átomos
de hidrogênio no corpo emitam sinais detectáveis, os quais são capturados por
antenas, sendo convertidos em imagens tridimensionais. Através da
Ressonância Magnética, é possível observar condições médicas, como: lesões,
doenças e anormalidades estruturais nos tecidos moles, articulações e órgãos
internos.
Em relação a visualização da imagem na Ressonância Magnética, nesta
visualizamos o couro cabeludo na cor branca, uma vez que possui presença de
gordura. Enquanto o osso craniano é apresentado na cor preta. Além disso,
nesta técnica, o contraste tem como função a delimitação da área inflamada.