Mitos e Verdades da Síndrome de Down
Atualmente as pessoas com qualquer tipo de deficiência estão ocupando diferentes espaços sociais, incluindo desde a escola até o mercado de trabalho. Este avanço é resultado dos esforços colocados em práticas verdadeiramente inclusivas que permitem que TODOS se beneficiem em ser relacionar com diferentes pessoas. Para que possamos de fato incluir pessoas com deficiências em seus mais diferentes âmbitos sociais, faz-se necessário que as ações sejam baseadas em fatos e evidências ao invés de mitos e estereótipos sociais. No mundo Inteiro, a incidência da Síndrome de Down é de aproximadamente 1 em cada 1.000 nascimentos. Mas afinal, como podemos defini-la? Definição: …
Atenção Involuntária
Na semana passada discutimos sobre os tipos de atenção voluntária e controlada, mas sabemos que também existe um outro tipo, automático e que envolve esforço do indivíduo. Esta última é processada “de dentro para fora” e recebe o nome de bottom up (diferente da atenção voluntária que é top down), pois funciona de regiões subcorticais para regiões corticais. A atenção involuntária é rápida, independe de controle ativo do sujeito (não é consciente) e, portanto, é difícil de suprimir ou ignorar. Sequencias comportamentais/cognitivas estão envolvidas neste tipo de atenção. Ela é importante, pois libera o sistema controlado para executar tarefas mais …
Como um psicoterapeuta pode me ajudar?
Por diversas vezes a vida coloca situações onde obstáculos parecem representar um verdadeiro labirinto e, a cada passo dado, as pessoas podem se sentir mais confusas e perdidas em seus pensamentos, emoções e comportamentos. Tais situações podem surgir desde a ruptura em um relacionamento estável ou até mesmo após uma promoção no trabalho. A dificuldade para vencer os obstáculos da vida provoca, independente da classe social, cor, idade e gênero, uma dose de sofrimento. Emoções como medo, ansiedade, nojo e tristeza não são necessariamente ruins como pode-se pensar de maneira inicial. Ao contrário, tais emoções (ainda que despertando algum desconforto) …
Primeira consulta com o psiquiatra – O que levar?
A primeira consulta com um psiquiatra é um momento quase sempre bastante delicado e tenso para o paciente. Em geral, existe um sofrimento intenso que o motiva a buscar ajuda, uma expectativa – apreensiva e/ou esperançosa – do paciente acerca desse momento e, por vezes, um receio de como será esse encontro. “Será que vou me identificar com o psiquiatra?” “Meu problema tem solução?” Esses são questionamentos que comumente as pessoas fazem nessa situação, além de todos os mitos que ainda pairam sobre o universo da Psiquiatria e da saúde mental. Por isso, valem algumas dicas sobre o que levar …
Mitos e Verdades sobre o Cérebro
Nos últimos 20 anos a ciência e tecnologia promoveram verdadeiros avanços em diversas áreas do conhecimento, especialmente na neurociência. Essa área de estudos e pesquisas se dedica a conhecer detalhadamente o sistema nervoso central incluindo suas estruturas, funcionalidades e processo de desenvolvimento, levando assim ao aprimoramento de diagnósticos além de fornecer tratamentos cada vez mais eficazes. Diante deste avanço científico e tecnológico, diversas notícias e resultados parciais de pesquisas são divulgadas na mídia, inclusive algumas delas falsas e sensacionalistas. Conheça agora como o nosso cérebro realmente funciona: MITO: “Usamos apenas 10% da nossa capacidade cerebral.” VERDADE: Não há áreas …
O conceito da RESISTÊNCIA em Psicanálise
Parte-se do princípio de que todos buscamos manter o que dispomos de melhor e desenvolver o que entendemos causar prejuízos nas nossas vidas e a quem nos cerca. É um processo que requer reflexão, investimento (expresso em tempo e energia), esforço, motivação e humildade. Olhar para si e identificar as falhas é, muitas vezes, penoso mas, ainda assim, continua sendo a melhor maneira para mudar o modo como nos relacionamos conosco e com o mundo externo. A terapia, até então vista como “lugar para loucos”, está sendo ressignificada e passou a ser o ambiente propulsor para todas essas mudanças internas. …
Quando é o corpo que pede ajuda: você sabe o que é CNEP?
CNEP é o acrônimo para Crises Não-Epilépticas Psicogênicas. Mas o que seria isso? Trata-se de um transtorno psiquiátrico caracterizado por crises recorrentes que se assemelham às crises de epilepsia – ou seja, podem apresentar episódios transitórios de abalos nos braços e/ou nas pernas, movimentos em mãos e/ou pés e/ou face, perda de consciência, modificações no comportamento, entre tantas outras possíveis manifestações corporais involuntárias. Entretanto, enquanto na epilepsia tais alterações são decorrentes de descargas elétricas anormais no cérebro, na CNEP elas se devem ao funcionamento anormal do psiquismo. Talvez você se questione nesse momento: mas o que o psiquismo tem a …
Felicidade plena é ilusão?
Na entrevista abaixo, o Dr. Daniel Martins de Barros, professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, fala sobre a e expectativa de ser eternamente feliz e suas implicações. Confira! …
Sexualidade & Síndrome de Down: um encontro possível?
Nas últimas semanas, discutimos o quão importante é estimular e oferecer condições para que as pessoas com Síndrome de Down, assim como todos os sujeitos no mundo, possam exercer da melhor maneira possível sua autonomia. Neste sentido, frequentemente surgem dúvidas como: de que maneira uma pessoa com deficiência poderia praticar sua sexualidade? É seguro realmente deixar que pessoas com deficiência intelectual tenham relacionamentos sexuais? Primeiramente, é importante lembrar que a presença de uma deficiência intelectual não inibirá os desejos sexuais e amorosos de uma pessoa. No Brasil, um estudo realizado pela Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down¹, com …
O Normal e o Patológico na Psiquiatria
Uma das discussões mais difíceis de serem resolvidas, não só no campo da Psiquiatria, mas da Medicina como um todo, é a que aborda a arbitrariedade acerca do ponto a partir do qual uma queixa, comportamento ou achado de exame deixa de ser entendido como “normal” e passa a ser encarado como “patológico”. Tomemos como ponto de partida a glicemia de jejum, exame universalmente pedido e conhecido: duas glicemias de jejum acusando valores maiores ou iguais a 126mg/dl são suficientes para que se realize um diagnóstico de diabetes. Duas glicemias que caprichosamente acusassem o valor de 125mg/dL não o seriam. …