Como controlar o ciúme?
Três passos para ajudar você a lidar com o ciúme excessivo.
Por Drª Cristiane Beckert
O ciúme excessivo pode ser prejudicial nos relacionamentos afetivos porque pode gerar
desconfiança, conflitos e afetar a comunicação. O relacionamento saudável é baseado na
confiança mútua e no respeito à individualidade de cada um. O ciúme em excesso pode minar
esses fundamentos, causando tensões desnecessárias.
A dificuldade no controle do ciúme por parte de um dos parceiros é algo comum nas sessões
de terapia de casal. Com as redes sociais, esse comportamento parece ter se intensificado.
Curtidas em fotos e respostas em grupos de mensagens, estão cada vez mais frequentes como
pontos de desentendimentos dos casais. Se essa é uma dificuldade que você identifica no seu
relacionamento, temos aqui três dicas que podem auxiliar na construção de uma relação mais
estável:
- Comunicação Aberta: Converse abertamente com seu parceiro sobre seus sentimentos,
expressando suas preocupações de maneira calma e construtiva. Cuidado com atitudes
passivo-agressivas. Entender as razões por trás do ciúme pode ajudar a encontrar soluções
juntos. - Construção de Confiança: Trabalhe na construção e fortalecimento da confiança mútua. Isso
pode envolver transparência, compartilhamento de experiências e esforços para cumprir
compromissos e promessas. A construção dessa confiança é algo mútuo, ou seja, vale para
ambos. Não se trata de somente um parceiro fazer exigências para o outro em troca de sua
confiança, isso pode sufocar ainda mais o relacionamento. - Autoconhecimento e Autocontrole: Reflita sobre as origens do ciúme, procurando
compreender suas próprias inseguranças. Desenvolver estas habilidades pode reduzir a
intensidade do ciúme, promovendo um ambiente mais saudável no relacionamento. O ciúme
pode ser fonte de uma desregulação emocional, o que acaba gerando mais insegurança.
A terapia de casal pode ser necessária para auxiliar o casal a lidar com o ciúme, pois oferece
um espaço seguro para ambos os parceiros expressarem suas preocupações, frustrações e
emoções. O terapeuta pode ajudar a identificar as causas subjacentes do ciúme, promover a
comunicação eficaz e oferecer estratégias para construir confiança mútua. Além disso, a
terapia proporciona ferramentas para melhorar a compreensão mútua e fortalecer o
relacionamento, contribuindo para a resolução de conflitos e o desenvolvimento de um
ambiente mais saudável.
A psicologia sempre significou um campo de interesse para mim.
Desde muito cedo me intrigava sobre “Como nos tornamos nós mesmos?”.
Por isso resolvi me tornar psicóloga, para conseguir compreender o ser humano de modo amplo e científico, como indivíduo e dentro das esferas familiares e sociais.
Durante a faculdade pude conhecer inúmeras abordagens, dentre as quais me identifiquei com a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) e com a Neuropsicologia.
A TCC permite que investiguemos com o paciente seus padrões de pensamento e crenças que podem estar influenciando negativamente sua saúde mental, propondo um modelo organizado de atendimento e traçando objetivos a serem almejados.
Já a Neuropsicologia é um campo de estudo que permite que possamos avaliar o funcionamento do cérebro por meio de testes, atividades e do uso de escalas ecológicas que avaliam o grau de aparecimento de sintomas de uma determinada doença ou transtorno. O relatório da avaliação neuropsicológica permite que sejam traçadas as melhores formas de intervir com o paciente de acordo com seu perfil cognitivo, realizando encaminhamentos e dando suporte às suas dificuldades.
Realizei especialização em Avaliação Neuropsicológica Infantil pela UNIFESP e Avaliação Neuropsicológica pela USP, além cursos de formação em Terapia Cognitivo Comportamental, Reabilitação Cognitiva e Psicologia Jurídica. Sou parte da equipe Mancini Psiquiatria e também atuo como pesquisadora no Núcleo de Avaliação Neuropsicológica Infantil (NANI) da UNIFESP.
Nos meus atendimentos sempre prezo pela ética, olhando o paciente de modo humano, buscando compreender suas dificuldades e potencialidades, proporcionando um ambiente de acolhimento e segurança.
Artigos recentes
Mancini Psiquiatria
