Como saber se estou tendo uma crise de ansiedade?
Muitos se perguntam como diferenciar a maneira “normal” de vivenciar os dias e os
acontecimentos da vida em geral, com, eventualmente, um episódio formal de uma crise de
ansiedade, propriamente dita.
E essa dúvida tem muito cabimento. Afinal, vivemos na era da técnica, na era da rapidez. Com
todos seus lados bons, sim! Sem dúvida, tudo o que nosso tempo traz de benefícios.
Como exemplo temos os sem-número de avanços possibilitados pelo nível da tecnologia que
temos hoje em dia à nossa disposição. E essa tecnologia está presente em praticamente tudo o
que fazemos, todas as atividades que nos envolvemos.
Hoje em dia as pessoas estão vivendo mais, e com mais qualidade ao longo dessa vida mais
longeva.
Isso se dá em parte graças aos avanços tecnológicos na área dos tratamentos que foram se
sofisticando e se aprimorando. Tratamentos psicológicos, tratamentos em todas as suas
especialidades, fisioterapêuticos, oftalmológicos, ortopédicos e todos que se puder pensar
quando alguma coisa dói, inclusive nossas emoções e nossos sentimentos.
E esse desenvolvimento, esse aprimoramento e sofisticação trouxeram consigo, bem juntinho,
uma aparente necessidade de urgência. Uma pressa. Um acelerar-se para o que vem depois. E
depois. E depois.
É claro, situações de urgência existem. Evidente que sim. Experimente precisar urinar e
encontrar-se longe de um toalete. Pra citar apenas um exemplo bastante simples de algo
urgente. Ou uma emergência, quando algo acontece que absolutamente não estava previsto,
algo que nos tira da tranquilidade relativa dos acontecimentos, demandando que se faça algo o
mais rápido possível.
Mas, para além disso, quando então o sentimento de urgência e desespero pode aparecer? Eis
então o que se chama crise de ansiedade.
Ela não requer um acontecimento lógico para aparecer. De um momento para o outro o coração
acelera, as mãos se tornam geladas e trêmulas, muitas vezes com sudorese nas palmas.
A concentração vai pro espaço, desaparece. Afinal, o cérebro está empenhado em livrar-se com
sucesso da situação de perigo iminente que se vivencia. Novamente, mesmo que, para quem vê
de fora, não haja perigo nenhum.
Aperto no peito, nó na garganta, boca seca. Enjôo e vômito eventualmente cursam em alguns
casos. Os sintomas variam de pessoa para pessoa.
Eis aí uma crise de ansiedade.
Então, ainda que você se considere uma pessoa conhecida como sistemática, essas crises não
tem a ver com isso. Podem causar forte incômodo, e tem solução, tem jeito certo de abordar.
Se perceber que as coisas estão saindo do controle com mais frequência e intensidade do que
você gostaria, busque um psicólogo!