Transtornos do humor no idoso
Depressão no idoso gera redução na qualidade de vida, abuso de substâncias, suicídios, risco de demência, risco de doenças cardiovasculares.
Quadro clínico tem muito sintoma somático, inapetência, sintomas cognitivos. Humor deprimido e culpa são menos frequentes. Mais quadros com sintomas psicóticos podem ocorrer.
Fatores biológicos estão relacionados: inflamatórios, alterações cardiovasculares deposição amiloide no cérebro, doenças clínicas.
Fatores psicossociais são deflagradores e perpetuastes: morte de pessoas queridas, perda de funcionalidade, solidão.
Pode ser um pródromo de um quadro demencial que está por vir. Endereçar isso de imediato na primeira anamnese (pesquisar sintomas cognitivos).
Investigação complementar deve ocorrer. Sempre pedir hemograma, vitamina B12, TSH, T4L para primeiros episódios tardios (após 60 anos). Pedir polissonografia se pensar em apneia obstrutiva, pedir screening cognitivo ou imagem pensando em demência.
Tratamento farmacológico: resposta é mais demorada (8-12 semanas), preferir monitorados , manutenção por mais tempo que jovens e adultos, sem diferença de eficácia entre classes.
Terapia: medicações antidepressivas terapia do tipo TCC, IPT (interpersonal therapy), terapia de reminiscência (construir linha do tempo dando significado e integrando sentimentos), psicoeducação, atividades físicas são tratamentos importantes.
Estimulações cerebrais são bastante promissoras. Eletroconvulsoterapia também é ótima alternativa (sintomas psicóticos, quadros refratários, catatonia, desnutrição grave, demandando resposta rápida, risco de suicídio alto). Remissão com ECT é maior nos idosos (em média 7,3 sessões).