TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO EM CRIANÇAS
Existe uma fase do desenvolvimento infantil em que a criança apresenta manias e rituais. Isso é normal e esperado, tendendo a ocorrer de forma tranquila e passageira. Quando se torna um comportamento repetitivo e causador de sofrimento devemos pensar em Transtorno Obsessivo Compulsivo.
O TOC atinge cerca de 2-4% da população .A idade mais comum do aparecimento do TOC é na adolescência mas os sinais já são perceptíveis a partir dos 4 anos de idade. O início é mais precoce nos meninos entre 6-15 anos e nas meninas por volta dos 11 anos.
COMO O TOC SE APRESENTA?
O TOC apresenta características de ansiedade e pensamento inflexível. Inicia como uma preocupação que se torna intensa, repetitiva e que necessita de um ritual para o alívio do pensamento. Há a possibilidade de ter um predomínio das idéias obsessivas ou dos comportamentos ritualísticos, mas não pode deixar de existir um sentimento de incômodo intenso quanto a situação vivenciada.
Existe um medo e para fugir desse medo há a necessidade de realizar um ritual que compromete a vida na escola, a família e os amigos. O mundo infantil é permeado por fantasias o que faz com que eles acabem por acreditar que se não repetirem certos padrões, algo muito ruim irá acontecer.
SINAIS E SINTOMAS
Os pensamentos obsessivos podem incluir:
- Preocupação excessiva sobre algo ruim acontecendo, como um acidente de carro ou alguém invadindo a casa
- Preocupação excessiva com germes, sujeira e doença
- Pensamentos constantes sobre um acidente com o pai ou a mãe
- Preocupação excessiva com simetria, ordem e exatidão
Já os comportamentos compulsivos podem ser:
- Repetir sons, palavras, números ou música a alguém ou a si mesma
- Lavar as mãos excessivamente, frequentemente mais de 100 vezes por dia
- Seguir rigorosamente as regras impostas por ela mesma, como arrumar objetos pessoais em uma estante de maneira particular e ficar muito chateada se alguém mudar a posição dos objetos
- Contar e recontar tudo, como a quantidade de ladrilhos no chão ou tijolos em uma parede
- Preocupação com sequência ou agrupamento de objetos
TRATAMENTO
É extremamente importante diagnosticar precocemente o transtorno obsessivo compulsivo, pois o problema pode ser efetivamente tratado.
O tratamento consiste na combinação de terapia e medicação. A terapia cognitivo-comportamental é a abordagem medicamentosa mais indicada e com maior comprovação de eficácia sobre o transtorno. Quanto a medicação podemos utilizar antidepressivos e antipsicóticos.
Não exíte em buscar ajuda na suspeita de TOC.
Desde pequena me vi rodeada de pessoas e tendo prazer nas relações interpessoais.
Ao iniciar a busca por uma formação profissional não me via cabendo em outra profissão que
não a medicina, por ter a possibilidade de acrescentar algo na vida do outro.
Durante a formação médica me encantei pela saúde básica e me senti impelida a fazer algo para
modificar o sofrimento atrelado às questões sociais. Me encontrei perfeitamente na
psiquiatria que por meio da escuta, com seu olhar empático e um atendimento integral do
ser humano, consegue acolher demandas da esfera biológica, psicológica e social.
Durante a formação psiquiátrica atuei em toda a grande São Paulo, conhecendo diferentes
realidades e podendo observar como um tratamento adequado ao contexto do paciente,
pode de fato modificar vidas. Me identifiquei principalmente com os quadros agudos, com
demandas emergenciais, e com o encanto do atendimento lúdico de crianças e
adolescentes.
Realizei minha subespecialização em psiquiatria da infância e adolescência pela UNIFESP mas não abri mão de seguir atuando nas zonas carentes da cidade.
A curiosidade quanto à mente e o comportamento humano ainda é um grande motivador da
busca por conhecimento e por isso iniciei meu estudos quanto a orientação de pais e
cuidadores.
Meu diferencial é o atendimento focado na individualidade do ser humano, com escuta
acolhedora e paciente. Atuando em conjunto com a realidade e necessidade do outro.
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