O transtorno afetivo bipolar acomete, no Brasil, cerca de 1% da população geral, prevalência similar ao resto do mundo.
A contribuição da genética para o seu desenvolvimento é uma das mais importantes dentre todos os transtornos mentais na Psiquiatria: a herdabilidade do transtorno é de 80%, o que significa, grosso modo, que a carga genética contribui em 80% para a gênese desse transtorno e os restantes 20% são decorrentes de fatores ambientais.
E mais, quem tem um parente de primeiro grau com transtorno bipolar, tem um risco 9 vezes maior de ter o mesmo transtorno do que a população geral.
O quadro se caracteriza por alternâncias entre fases de depressão e períodos de euforia (a este último tipo de fase damos o nome de “mania” ou “hipomania”). As fases depressivas são mais conhecidas pela população, podem durar de 2 semanas a meses, são comumente mais fáceis de serem identificadas pelos familiares e amigos, e costumam gerar um sofrimento intenso ao paciente.
Já as fases de “mania” ou “hipomania” são menos conhecidas pela população, são mais difíceis de serem identificadas e, em geral, não incomodam o indivíduo, pois, nestes períodos, ele se sente com o humor alegre, eufórico, cheio de energia.
Mas, cuidado! Não basta que a pessoa esteja simplesmente com um humor mais alegre para que a gente possa classificar isso como uma mania ou hipomania, se não correremos o risco de transformar a felicidade comum, que é natural da vida, em patologia!
Para podermos chamar um estado de humor de mania, o indivíduo deve ficar um período de pelo menos 1 semana inteira com um humor persistentemente eufórico, num estado de intenso bem-estar, em um nível que destoa do padrão de humor habitual daquele indivíduo.
Neste ponto, o depoimento de amigos e familiares que convivam com o paciente pode ajudar bastante o psiquiatra a avaliar o caso, pois muitas vezes é difícil para o próprio paciente perceber se tais alterações ocorrem nele mesmo.
Associado a este humor mais eufórico, nesses períodos, o indivíduo também fica mais falante e com pensamento mais acelerado, com mais energia (engaja-se em muitas atividades ao mesmo tempo por achar que pode dar conta de tudo), sente menos necessidade de dormir (devido ao intenso bem estar e à sensação de estar cheio de energia), fica desinibido (trata as pessoas com mais intimidade do que realmente tem, pode ficar com a sexualidade mais aflorada), impulsivo (toma decisões inconsequentes, sem pensar), podendo ter até sintomas psicóticos.
É muito comum que os primeiros sintomas da vida de um paciente bipolar sejam os de uma depressão e, só mais tarde, ele venha a manifestar um quadro de mania ou de hipomania, dificultando o diagnóstico correto de bipolaridade.
Além de ser comumente a primeira manifestação do transtorno bipolar, os episódios de depressão ocorrem com mais frequência ao longo da vida do paciente, sendo os episódios de mania e hipomania, em geral, menos numerosos.
Diferenciar um quadro de depressão comum (depressão unipolar) do transtorno afetivo bipolar é de extrema importância, pois as medicações que usamos para tratar as duas condições são diferentes e as repercussões que cada transtorno pode causar na vida do indivíduo também são distintas.
Apesar disso, hoje em dia, tanto a depressão unipolar quanto o transtorno afetivo bipolar têm tratamentos seguros e eficazes!
Lima, M.S. et al. Epidemiologia do transtorno bipolar. Rev. Psiq. Clín. 32, supl 1; 15-20, 2005. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition (DSM-5), American Psychiatric Association, 2013.
A demanda da minha atividade profissional ao longo dos últimos anos cresceu exponencialmente, tornando-se um desafio cada vez maior conciliá-la com o atendimento de altíssima qualidade, do qual não abro mão.
O transtorno afetivo bipolar acomete, no Brasil, cerca de 1% da população geral, prevalência similar ao resto do mundo. A contribuição da genética para o seu desenvolvimento é uma das mais importantes dentre todos os transtornos mentais na Psiquiatria: a herdabilidade do transtorno é de 80%, o que significa, grosso modo, que a carga genética contribui em 80% para a gênese desse transtorno e os restantes 20% são decorrentes de fatores ambientais. E mais, quem tem um parente de primeiro grau com transtorno bipolar, tem um risco 9 vezes maior de ter o mesmo transtorno do que a população geral. O quadro se caracteriza por alternâncias entre fases de depressão e períodos de euforia (a este último tipo de fase damos o nome de “mania” ou “hipomania”). As fases depressivas são mais conhecidas pela população, podem durar de 2 semanas a meses, são comumente mais fáceis de serem identificadas pelos familiares e amigos, e costumam gerar um sofrimento intenso ao paciente. Já as fases de “mania” ou “hipomania” são menos conhecidas pela população, são mais difíceis de serem identificadas e, em geral, não incomodam o indivíduo, pois, nestes períodos, ele se sente com o humor alegre, eufórico, cheio de energia. Mas, cuidado! Não basta que a pessoa esteja simplesmente com um humor mais alegre para que a gente possa classificar isso como uma mania ou hipomania, se não correremos o risco de transformar a felicidade comum, que é natural da vida, em patologia! Para podermos chamar um estado de humor de mania, o indivíduo deve ficar um período de pelo menos 1 semana inteira com um humor persistentemente eufórico, num estado de intenso bem-estar, em um nível que destoa do padrão de humor habitual daquele indivíduo. Neste ponto, o depoimento de amigos e familiares que convivam com o paciente pode ajudar bastante o psiquiatra a avaliar o caso, pois muitas vezes é difícil para o próprio paciente perceber se tais alterações ocorrem nele mesmo. Associado a este humor mais eufórico, nesses períodos, o indivíduo também fica mais falante e com pensamento mais acelerado, com mais energia (engaja-se em muitas atividades ao mesmo tempo por achar que pode dar conta de tudo), sente menos necessidade de dormir (devido ao intenso bem estar e à sensação de estar cheio de energia), fica desinibido (trata as pessoas com mais intimidade do que realmente tem, pode ficar com a sexualidade mais aflorada), impulsivo (toma decisões inconsequentes, sem pensar), podendo ter até sintomas psicóticos. É muito comum que os primeiros sintomas da vida de um paciente bipolar sejam os de uma depressão e, só mais tarde, ele venha a manifestar um quadro de mania ou de hipomania, dificultando o diagnóstico correto de bipolaridade. Além de ser comumente a primeira manifestação do transtorno bipolar, os episódios de depressão ocorrem com mais frequência ao longo da vida do paciente, sendo os episódios de mania e hipomania, em geral, menos numerosos. Diferenciar um quadro de depressão comum (depressão unipolar) do transtorno afetivo bipolar é de extrema importância, pois as medicações que usamos para tratar as duas condições são diferentes e as repercussões que cada transtorno pode causar na vida do indivíduo também são distintas. Apesar disso, hoje em dia, tanto a depressão unipolar quanto o transtorno afetivo bipolar têm tratamentos seguros e eficazes! Lima, M.S. et al. Epidemiologia do transtorno bipolar. Rev. Psiq. Clín. 32, supl 1; 15-20, 2005. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition (DSM-5), American Psychiatric Association, 2013.
O transtorno afetivo bipolar acomete, no Brasil, cerca de 1% da população geral, prevalência similar ao resto do mundo. A contribuição da genética para o seu desenvolvimento é uma das mais importantes dentre todos os transtornos mentais na Psiquiatria: a herdabilidade do transtorno é de 80%, o que significa, grosso modo, que a carga genética contribui em 80% para a gênese desse transtorno e os restantes 20% são decorrentes de fatores ambientais. E mais, quem tem um parente de primeiro grau com transtorno bipolar, tem um risco 9 vezes maior de ter o mesmo transtorno do que a população geral. O quadro se caracteriza por alternâncias entre fases de depressão e períodos de euforia (a este último tipo de fase damos o nome de “mania” ou “hipomania”). As fases depressivas são mais conhecidas pela população, podem durar de 2 semanas a meses, são comumente mais fáceis de serem identificadas pelos familiares e amigos, e costumam gerar um sofrimento intenso ao paciente. Já as fases de “mania” ou “hipomania” são menos conhecidas pela população, são mais difíceis de serem identificadas e, em geral, não incomodam o indivíduo, pois, nestes períodos, ele se sente com o humor alegre, eufórico, cheio de energia. Mas, cuidado! Não basta que a pessoa esteja simplesmente com um humor mais alegre para que a gente possa classificar isso como uma mania ou hipomania, se não correremos o risco de transformar a felicidade comum, que é natural da vida, em patologia! Para podermos chamar um estado de humor de mania, o indivíduo deve ficar um período de pelo menos 1 semana inteira com um humor persistentemente eufórico, num estado de intenso bem-estar, em um nível que destoa do padrão de humor habitual daquele indivíduo. Neste ponto, o depoimento de amigos e familiares que convivam com o paciente pode ajudar bastante o psiquiatra a avaliar o caso, pois muitas vezes é difícil para o próprio paciente perceber se tais alterações ocorrem nele mesmo. Associado a este humor mais eufórico, nesses períodos, o indivíduo também fica mais falante e com pensamento mais acelerado, com mais energia (engaja-se em muitas atividades ao mesmo tempo por achar que pode dar conta de tudo), sente menos necessidade de dormir (devido ao intenso bem estar e à sensação de estar cheio de energia), fica desinibido (trata as pessoas com mais intimidade do que realmente tem, pode ficar com a sexualidade mais aflorada), impulsivo (toma decisões inconsequentes, sem pensar), podendo ter até sintomas psicóticos. É muito comum que os primeiros sintomas da vida de um paciente bipolar sejam os de uma depressão e, só mais tarde, ele venha a manifestar um quadro de mania ou de hipomania, dificultando o diagnóstico correto de bipolaridade. Além de ser comumente a primeira manifestação do transtorno bipolar, os episódios de depressão ocorrem com mais frequência ao longo da vida do paciente, sendo os episódios de mania e hipomania, em geral, menos numerosos. Diferenciar um quadro de depressão comum (depressão unipolar) do transtorno afetivo bipolar é de extrema importância, pois as medicações que usamos para tratar as duas condições são diferentes e as repercussões que cada transtorno pode causar na vida do indivíduo também são distintas. Apesar disso, hoje em dia, tanto a depressão unipolar quanto o transtorno afetivo bipolar têm tratamentos seguros e eficazes! Lima, M.S. et al. Epidemiologia do transtorno bipolar. Rev. Psiq. Clín. 32, supl 1; 15-20, 2005. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition (DSM-5), American Psychiatric Association, 2013.
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Anete Mancini
Muito bem explicado. Obrigada!