T.O.C.

O Transtorno Obsessivo Compulsivo, também conhecido como T.O.C., é um transtorno metal caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões que causam incômodo e interferem na vida do paciente eu de seus familiares. Mas o que são obsessões e compulsões?
As obsessões são definidas como pensamentos, imagens, preocupações, medos ou dúvidas (ou vários deles juntos) que vêm à mente de forma intrusiva, persistentes e repetitivas. Esses conteúdos mentais são sempre indesejados pela pessoa, causam perturbação e são muito difíceis de ser ignorados, causando alta ansiedade no indivíduo. Já as compulsões são comportamentos visíveis, rituais comportamentais ou rituais mentais, executados repetidas vezes, em geral como uma tentativa de aliviar a ansiedade ou o incomodo causado pelas obsessões.
As obsessões e compulsões podemos ser variadas, porém alguns temas costumam ser mais frequentes, como: contaminação (medo de se contaminar), limpeza (lavagem excessiva ou ritualizada de alguma parte do corpo ou objeto), simetria e organização (necessidade de ter objetos sempre no determinado lugar de acordo com a determinação da pessoa, ou os objetos precisam estar simetricamente alinhados ou pareados), agressão (medo de se ferir, de que os outros de firam, de ser responsável pelo ferimento de outras pessoas, vou imagens mentais relacionados a atos violentos), verificação (verificar repetidas vezes portas, janelas etc.),
acumulação (guardar coisas desnecessárias, ou medo de perder coisas que a pessoa acredita que possam ser úteis), tiques (tocar, esfregar, piscar os olho, entre outros), rituais mentais (contar ou rezar em silêncio, fazer contas matemáticas, precisar ter sempre um bom pensamento para anular um pensamento ruim, etc.), entre outros.
Um paciente com TOC podem apresentar apenas obsessões, apenas compulsões ou ambos. Mas, é importante pontuar que o que caracteriza um transtorno é a frequência com que os sintomas aparecem, intensidade e a interferência na rotina, no funcionamento e nos relacionamentos dessa pessoa. Por isso
necessita de avaliação profissional, sendo que o diagnóstico do T.O.C. é clínico, ou seja, não existem exames que diagnosticam, e é feito por um médico psiquiatra e o tratamento engloba tanto o acompanhamento do médico quanto psicoterapia.

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Doutora Maíra Babo

A psicologia começou fazer sentido para mim desde a adolescência quando percebi que corpo e mente estão em constante comunicação e se influenciando mutuamente. Desde muito cedo soube o caminho profissional que seguiria: psicologia em interface com o corpo, por isso a escolha da universidade foi criteriosa.

Após concluir a graduação pela Universidade Federal de São Paulo, iniciei meus estudos e práticas clínicas como psicóloga no Programa de Atendimento e Estudos da Somatização do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP, onde pude praticar o atendimento psicológico a questões envolvendo corpo e mente.
Essa interface me suscitou cada vez mais curiosidade e após muito estudo da psicologia analítica, resolvi buscar algo mais voltado para o funcionamento neurológico, e foi quando iniciei minha formação em neuropsicologia – minha paixão profissional – pela Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da USP.

Em conjunto com essa formação participei de projetos de pesquisa e atendimento neuropsicológico a pessoas portadoras do vírus da Hepatite C no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, e em seguida a crianças e pessoas vítimas de traumatismo cranioencefálico no Instituto Central do Hospital das Clínicas da USP.

Após o vislumbre da reabilitação neuropsicológica em tais experiências profissionais, busquei a formação em Reabilitação Neuropsicológica pela Divisão de Neurologia do Hospital das Clínicas da USP.
A fim de melhorar meu atendimento neuropsicológico e psicológico, especialmente a crianças e adolescentes, realizei curso de Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psiquiatria da USP, e cursos voltados ao aprofundamento da prática clínica tanto pautados na psicologia analítica como na terapia cognitivo comportamental.

Por isso minha prática clínica é pautada no profissionalismo e no respeito ao ser humano que está diante de mim, sempre levando em consideração suas inúmeras dimensões de existência.

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