Em alguns momentos da vida é difícil acreditar que as coisas vão melhorar, nutrir algum tipo de esperança, ou pensar que temos o que é necessário para enfrentar certos obstáculos.
Vivenciamos o desamparo aprendido quando nos sentimos muito vulneráveis a uma ameaça e incapazes de evitá-la.
Algumas das reações mais comuns ao desamparo são os sentimentos de desânimo, desmotivação e desesperança. Os primeiros estudos sobre o desamparo ocorreram a partir dos anos 60. Eles eram feitos com animais como cachorros e ratos, infelizmente envolvendo procedimentos de crueldade contra esses animais. Em um desses estudos, os animais eram colocados em uma caixa na qual alguns deles recebiam choques, enquanto outros não. No início, os animais que recebiam os choques faziam de tudo que lhes era possível para evitá-los. Após um certo tempo, eles iam gradualmente parando de reagir aos choques.
Na fase seguinte do estudo, todos os animais eram colocados em uma outra caixa, onde receberiam novos choques. Se os animais andassem para outro compartimento dentro desta nova caixa, eles conseguiam evitar os choques.
Acontece que os animais que já tinham parado de reagir aos choques da caixa anterior, já não tentavam escapar deles na caixa nova.
Para os pesquisadores, aqueles animais que haviam recebido choques antes, mas que agora nem sequer tentavam evitá-los mais, ainda que isso fosse possível, haviam desenvolvido aquilo que ficou conhecido como o desamparo aprendido.
Esse desamparo, por padrão, costumava durar alguns dias e desenvolvia 3 sintomas principais: os animais demoravam mais para exibir qualquer comportamento, tornando-se mais apáticos; tinham dificuldade em aprender comportamentos novos e exibiam sinais de um humor negativo.
Estudos semelhantes foram realizados com seres humanos, utilizando estímulos como choques mais leves, barulhos altos ou tarefas impossíveis de serem resolvidas. Muitos dos voluntários exibiram os mesmos sintomas que os animais: falta de motivação, dificuldades de aprendizado e humor negativo.
Curiosamente, alguns indivíduos do experimento não exibiam tais sintomas, mesmo após constatar que os estímulos aversivos eram inescapáveis.
Após outras pesquisas ficou claro que um dos fatores que determina se a pessoa sentirá o desamparo é a maneira como ela interpreta a sua falta de controle sobre o estímulo aversivo que sobre ela se abate.
Se a pessoa conclui que realmente não tem nenhum controle sobre a ameaça devido a aspectos passageiros e específicos da situação, é menos provável que ela caia na zona de desamparo aprendido. Nesses casos, o indivíduo ainda consegue nutrir alguma esperança no porvir e em seu desempenho futuro, visto que o insucesso daquela vez foi causado por fatores isolados e pontuais.
Por outro lado, caso a pessoa conclua que a sua falta de controle sobre a ameaça ocorre por causa de alguma característica inerente à ela própria ou da realidade que definitivamente não irá mudar, a situação pode começar revelar sinais psicopatológicos. Se um indivíduo atribui tal falha a defeitos seus, dos quais é impossível escapar, é mais provável que estejamos diante de alguém sentindo desamparo.
A tendência a explicar eventos negativos com base em aspectos passageiros ou com base em aspectos passageiros ou duradouros inerentes à própria pessoa e do mundo a sua volta é chamado na psicologia de estilo de atribuição. Se o estilo de atribuição de alguém é mais voltado a explicar eventos negativos com base em aspectos imutáveis de si mesmo ou do mundo, o sentimento de desamparo será vivenciado com mais frequência.
Já se a pessoa acredita que as coisas ruins acontecem porque ela mesma ou o mundo é de uma certa forma que supostamente não irá mudar, isso significa que ela estará sempre vulnerável a vivenciar novamente tais coisas sempre ruins. Esse estilo de atribuição é um fator predisponente à depressão e contribui fortemente para o desenvolvimento de crenças de desamparo.
As crenças de desamparo são pensamentos de caráter recorrente de que o indivíduo é vulnerável à diferentes riscos, inferior aos seus pares ou incompetente.
Essas pessoas podem se considerar pouco capazes de se virar por si mesmas, geralmente enxergam o mundo como um lugar demasiadamente hostil e tendem a sentir pouca esperança de que sua vida irá mudar para melhor algum dia.
Como melhorar?
Dica 1 – Prestar atenção no conteúdo dos pensamentos que lhe ocorrem logo antes de se sentir mal consigo mesmo. É comum que mudanças de humor ocorram logo depois que certos pensamentos autodepreciativo ou negativos passem pela sua mente. Exemplos de pensamentos generalizantes: “eu sempre estrago tudo”, “nada dá certo na minha vida”, “eu nunca posso contar com ninguém para nada”, “o mundo é ruim”.
Dica 2 – Ao perceber o conteúdo de tais pensamentos, analise o quão realistas eles são. Pensamentos derivados de crenças de desamparo costumam ser realistas, inflexíveis e absolutos somente para a pessoa que os vivencia, enquanto que vistos de fora, geralmente costumam ser situações menos graves.
Importante ter em mente que pensamentos não são fatos. São apenas criações temporárias de um cérebro tentando interpretar a realidade.
Dica 3 – Procure ajuda. É mais fácil tentar olhar de fora esses incômodos pensamentos distorcidos com ajuda e apoio de alguém que justamente estará lá para amparar, de modo concreto.
Caso perceba alguém apresentando esse tipo de situações que exemplificamos aqui, sugira procurar ajuda psicológica.
Minha curiosidade pelos processos da mente humana, suas estruturas, as viscissitudes e singularidades que fazem cada um de nós ser tão único, o gosto pelos estudos.
Em alguns momentos da vida é difícil acreditar que as coisas vão melhorar, nutrir algum tipo de esperança, ou pensar que temos o que é necessário para enfrentar certos obstáculos. Vivenciamos o desamparo aprendido quando nos sentimos muito vulneráveis a uma ameaça e incapazes de evitá-la. Algumas das reações mais comuns ao desamparo são os sentimentos de desânimo, desmotivação e desesperança. Os primeiros estudos sobre o desamparo ocorreram a partir dos anos 60. Eles eram feitos com animais como cachorros e ratos, infelizmente envolvendo procedimentos de crueldade contra esses animais. Em um desses estudos, os animais eram colocados em uma caixa na qual alguns deles recebiam choques, enquanto outros não. No início, os animais que recebiam os choques faziam de tudo que lhes era possível para evitá-los. Após um certo tempo, eles iam gradualmente parando de reagir aos choques. Na fase seguinte do estudo, todos os animais eram colocados em uma outra caixa, onde receberiam novos choques. Se os animais andassem para outro compartimento dentro desta nova caixa, eles conseguiam evitar os choques. Acontece que os animais que já tinham parado de reagir aos choques da caixa anterior, já não tentavam escapar deles na caixa nova. Para os pesquisadores, aqueles animais que haviam recebido choques antes, mas que agora nem sequer tentavam evitá-los mais, ainda que isso fosse possível, haviam desenvolvido aquilo que ficou conhecido como o desamparo aprendido. Esse desamparo, por padrão, costumava durar alguns dias e desenvolvia 3 sintomas principais: os animais demoravam mais para exibir qualquer comportamento, tornando-se mais apáticos; tinham dificuldade em aprender comportamentos novos e exibiam sinais de um humor negativo. Estudos semelhantes foram realizados com seres humanos, utilizando estímulos como choques mais leves, barulhos altos ou tarefas impossíveis de serem resolvidas. Muitos dos voluntários exibiram os mesmos sintomas que os animais: falta de motivação, dificuldades de aprendizado e humor negativo. Curiosamente, alguns indivíduos do experimento não exibiam tais sintomas, mesmo após constatar que os estímulos aversivos eram inescapáveis. Após outras pesquisas ficou claro que um dos fatores que determina se a pessoa sentirá o desamparo é a maneira como ela interpreta a sua falta de controle sobre o estímulo aversivo que sobre ela se abate. Se a pessoa conclui que realmente não tem nenhum controle sobre a ameaça devido a aspectos passageiros e específicos da situação, é menos provável que ela caia na zona de desamparo aprendido. Nesses casos, o indivíduo ainda consegue nutrir alguma esperança no porvir e em seu desempenho futuro, visto que o insucesso daquela vez foi causado por fatores isolados e pontuais. Por outro lado, caso a pessoa conclua que a sua falta de controle sobre a ameaça ocorre por causa de alguma característica inerente à ela própria ou da realidade que definitivamente não irá mudar, a situação pode começar revelar sinais psicopatológicos. Se um indivíduo atribui tal falha a defeitos seus, dos quais é impossível escapar, é mais provável que estejamos diante de alguém sentindo desamparo. A tendência a explicar eventos negativos com base em aspectos passageiros ou com base em aspectos passageiros ou duradouros inerentes à própria pessoa e do mundo a sua volta é chamado na psicologia de estilo de atribuição. Se o estilo de atribuição de alguém é mais voltado a explicar eventos negativos com base em aspectos imutáveis de si mesmo ou do mundo, o sentimento de desamparo será vivenciado com mais frequência. Já se a pessoa acredita que as coisas ruins acontecem porque ela mesma ou o mundo é de uma certa forma que supostamente não irá mudar, isso significa que ela estará sempre vulnerável a vivenciar novamente tais coisas sempre ruins. Esse estilo de atribuição é um fator predisponente à depressão e contribui fortemente para o desenvolvimento de crenças de desamparo. As crenças de desamparo são pensamentos de caráter recorrente de que o indivíduo é vulnerável à diferentes riscos, inferior aos seus pares ou incompetente. Essas pessoas podem se considerar pouco capazes de se virar por si mesmas, geralmente enxergam o mundo como um lugar demasiadamente hostil e tendem a sentir pouca esperança de que sua vida irá mudar para melhor algum dia. Como melhorar? Dica 1 – Prestar atenção no conteúdo dos pensamentos que lhe ocorrem logo antes de se sentir mal consigo mesmo. É comum que mudanças de humor ocorram logo depois que certos pensamentos autodepreciativo ou negativos passem pela sua mente. Exemplos de pensamentos generalizantes: “eu sempre estrago tudo”, “nada dá certo na minha vida”, “eu nunca posso contar com ninguém para nada”, “o mundo é ruim”. Dica 2 – Ao perceber o conteúdo de tais pensamentos, analise o quão realistas eles são. Pensamentos derivados de crenças de desamparo costumam ser realistas, inflexíveis e absolutos somente para a pessoa que os vivencia, enquanto que vistos de fora, geralmente costumam ser situações menos graves. Importante ter em mente que pensamentos não são fatos. São apenas criações temporárias de um cérebro tentando interpretar a realidade. Dica 3 – Procure ajuda. É mais fácil tentar olhar de fora esses incômodos pensamentos distorcidos com ajuda e apoio de alguém que justamente estará lá para amparar, de modo concreto. Caso perceba alguém apresentando esse tipo de situações que exemplificamos aqui, sugira procurar ajuda psicológica. Fonte: www.minutospsiquicos.com.br André Rabelo, Psicólogo.
Em alguns momentos da vida é difícil acreditar que as coisas vão melhorar, nutrir algum tipo de esperança, ou pensar que temos o que é necessário para enfrentar certos obstáculos. Vivenciamos o desamparo aprendido quando nos sentimos muito vulneráveis a uma ameaça e incapazes de evitá-la. Algumas das reações mais comuns ao desamparo são os sentimentos de desânimo, desmotivação e desesperança. Os primeiros estudos sobre o desamparo ocorreram a partir dos anos 60. Eles eram feitos com animais como cachorros e ratos, infelizmente envolvendo procedimentos de crueldade contra esses animais. Em um desses estudos, os animais eram colocados em uma caixa na qual alguns deles recebiam choques, enquanto outros não. No início, os animais que recebiam os choques faziam de tudo que lhes era possível para evitá-los. Após um certo tempo, eles iam gradualmente parando de reagir aos choques. Na fase seguinte do estudo, todos os animais eram colocados em uma outra caixa, onde receberiam novos choques. Se os animais andassem para outro compartimento dentro desta nova caixa, eles conseguiam evitar os choques. Acontece que os animais que já tinham parado de reagir aos choques da caixa anterior, já não tentavam escapar deles na caixa nova. Para os pesquisadores, aqueles animais que haviam recebido choques antes, mas que agora nem sequer tentavam evitá-los mais, ainda que isso fosse possível, haviam desenvolvido aquilo que ficou conhecido como o desamparo aprendido. Esse desamparo, por padrão, costumava durar alguns dias e desenvolvia 3 sintomas principais: os animais demoravam mais para exibir qualquer comportamento, tornando-se mais apáticos; tinham dificuldade em aprender comportamentos novos e exibiam sinais de um humor negativo. Estudos semelhantes foram realizados com seres humanos, utilizando estímulos como choques mais leves, barulhos altos ou tarefas impossíveis de serem resolvidas. Muitos dos voluntários exibiram os mesmos sintomas que os animais: falta de motivação, dificuldades de aprendizado e humor negativo. Curiosamente, alguns indivíduos do experimento não exibiam tais sintomas, mesmo após constatar que os estímulos aversivos eram inescapáveis. Após outras pesquisas ficou claro que um dos fatores que determina se a pessoa sentirá o desamparo é a maneira como ela interpreta a sua falta de controle sobre o estímulo aversivo que sobre ela se abate. Se a pessoa conclui que realmente não tem nenhum controle sobre a ameaça devido a aspectos passageiros e específicos da situação, é menos provável que ela caia na zona de desamparo aprendido. Nesses casos, o indivíduo ainda consegue nutrir alguma esperança no porvir e em seu desempenho futuro, visto que o insucesso daquela vez foi causado por fatores isolados e pontuais. Por outro lado, caso a pessoa conclua que a sua falta de controle sobre a ameaça ocorre por causa de alguma característica inerente à ela própria ou da realidade que definitivamente não irá mudar, a situação pode começar revelar sinais psicopatológicos. Se um indivíduo atribui tal falha a defeitos seus, dos quais é impossível escapar, é mais provável que estejamos diante de alguém sentindo desamparo. A tendência a explicar eventos negativos com base em aspectos passageiros ou com base em aspectos passageiros ou duradouros inerentes à própria pessoa e do mundo a sua volta é chamado na psicologia de estilo de atribuição. Se o estilo de atribuição de alguém é mais voltado a explicar eventos negativos com base em aspectos imutáveis de si mesmo ou do mundo, o sentimento de desamparo será vivenciado com mais frequência. Já se a pessoa acredita que as coisas ruins acontecem porque ela mesma ou o mundo é de uma certa forma que supostamente não irá mudar, isso significa que ela estará sempre vulnerável a vivenciar novamente tais coisas sempre ruins. Esse estilo de atribuição é um fator predisponente à depressão e contribui fortemente para o desenvolvimento de crenças de desamparo. As crenças de desamparo são pensamentos de caráter recorrente de que o indivíduo é vulnerável à diferentes riscos, inferior aos seus pares ou incompetente. Essas pessoas podem se considerar pouco capazes de se virar por si mesmas, geralmente enxergam o mundo como um lugar demasiadamente hostil e tendem a sentir pouca esperança de que sua vida irá mudar para melhor algum dia. Como melhorar? Dica 1 – Prestar atenção no conteúdo dos pensamentos que lhe ocorrem logo antes de se sentir mal consigo mesmo. É comum que mudanças de humor ocorram logo depois que certos pensamentos autodepreciativo ou negativos passem pela sua mente. Exemplos de pensamentos generalizantes: “eu sempre estrago tudo”, “nada dá certo na minha vida”, “eu nunca posso contar com ninguém para nada”, “o mundo é ruim”. Dica 2 – Ao perceber o conteúdo de tais pensamentos, analise o quão realistas eles são. Pensamentos derivados de crenças de desamparo costumam ser realistas, inflexíveis e absolutos somente para a pessoa que os vivencia, enquanto que vistos de fora, geralmente costumam ser situações menos graves. Importante ter em mente que pensamentos não são fatos. São apenas criações temporárias de um cérebro tentando interpretar a realidade. Dica 3 – Procure ajuda. É mais fácil tentar olhar de fora esses incômodos pensamentos distorcidos com ajuda e apoio de alguém que justamente estará lá para amparar, de modo concreto. Caso perceba alguém apresentando esse tipo de situações que exemplificamos aqui, sugira procurar ajuda psicológica. Fonte: www.minutospsiquicos.com.br André Rabelo, Psicólogo.
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