Cerca de dois anos após o início da pandemia e o mergulho em um nebuloso período de instabilidades, incertezas, mortes, uma guerra é declarada no leste europeu e novamente o mundo se depara com intenso sofrimento.
É inquestionável o avassalador prejuízo que o conflito armado gera para as pessoas diretamente envolvidas. A começar pela violação da integridade física, já que o direito à vida é posto em risco a cada segundo; o prejuízo financeiro, acadêmico, econômico e poderíamos descrever uma série de outros aspectos concretos, objetivos e mensuráveis.
Mas o prejuízo emocional extrapola todas as fronteiras e é incalculável. Antes denominado pela psiquiatria como “trauma de guerra”, hoje o Transtorno de Estresse Pós-traumático é decorrente do efeito persistente e grave de vivências que provocaram intensos sentimentos de medo, impotência e horror. Entretanto, há impacto emocional aos que, mesmo distante do risco de morte eminente, acompanham as informações de civis mortos, famílias separados, escassez de alimento, imprevisibilidade econômica, ausência de abertura para diálogo. Há intensificação de sentimentos como ansiedade, insegurança, preocupação, tristeza e é fundamental que esses sentimentos sejam identificados e acolhidos.
Não exija de si agir “como se nada tivesse acontecendo”. É esperado que tendo preservada nossa capacidade empática, estejamos mais sensibilizados com tudo que vemos e ouvimos. Entretanto, assim como inesperado e desolador, esse é também um acontecimento temporário. As guerras também acabam! E é alimentando diariamente essa expectativa que seguimos.
Compreender mais o comportamento humano e poder contribuir de alguma maneira na qualidade de vida das pessoas, sempre me gerou curiosidade e interesse. Por isto, desde muito cedo me apaixonei pela Psicologia.
Ainda na graduação de psicologia conduzi meus olhares para área de saúde mental e participei da equipe de doenças neurodegenerativas na UNIFESP, onde tive meus primeiros contatos com a Neuropsicologia.
Iniciei minhas especializações pela Psicopatologia e Dependência Química. Essa experiência me trouxe o desejo de aprofundar ainda mais meus conhecimentos na relação entre neurociência e a saúde mental. Por isto, escolhi o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP para consolidar minha atuação clínica.
No Instituto atuei como Psicoterapeuta abordando temas relacionados a masculinidade e feminilidade no Gender Group. Também estive como colaboradora no Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Álcool e Drogas (GREA), o que contribuiu para ampliar e fortalecer meu repertório sobre dependência química.
Retomei o contato com a Neuropsicologia, área promissora que estabelece relação entre o funcionamento cerebral e o comportamento humano, na qual possuo título de especialista.
Além de realizar diversas avaliações neuropsicológicas e de personalidade em áreas como a Psiquiatria, Neurologia, pude também me capacitar e atuar no contexto jurídico através do Núcleo Forense do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (NUFOR).
Construí minha carreira de maneira sólida, com atualizações profundas e constantes. Mesmo assim, entendo que meu trabalho baseia-se no pressuposto de que teoria nenhuma abarca a complexidade da alma humana.
Empatia e escuta individualizada são exercícios constantes; eixos para um atendimento mais humano e personalizado.
A Mancini Psiquiatria e Psicologia oferece soluções customizadas em Saúde Mental para a sua empresa, desde a detecção e tratamento de transtornos psiquiátricos e psicológicos até diagnósticos e intervenção sistêmicos da identidade corporativa.