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O vício na paixão e os transtornos da neurose

31 de janeiro de 2022
Por: Dra. Leticia Filizzola
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O vício na paixão e os transtornos da neurose

Que vem do mais fundo, profundo, onde não cabe a razão. Além de Alceu Valença, muitos cantaram e cantam e versam sobre a paixão. Na estante de filosofia e sociologia, o aclamado escritor polonês Zygmunt Baumann escreveu uma série de livros que viraram best sellers da na literatura pós moderna, nos quais ele discorre e nos convida a pensar a impermanência. O caráter dinâmico das relações, líquido e efêmero que elas podem ter.

É de se pensar se os amores escritos por Baumann em seus livros já efervesceram, e de líquidos se tornaram gasosos, desmanchando no ar.

Ainda quando líquidos era possível vê-los escorrendo pelos dedos das mãos. Já amores se gasosos podem levar à ideia de fantasmagoria, de total inexistência. Será que em algum momento existiu algo ali? Pelo sim  e pelo não, era bom o sentimento?

Pode-se pensar que talvez haja algo acontecendo que possa estar deixando os seres humanos com um certo sentimento de vazio.

Vazio que pode vir a gerar toda uma série de sintomas neuróticos, que vem à tona como uma espécie de solo firme ao qual o sujeito precisa se agarrar e busca se agarrar, para se organizar minimamente e não sucumbir ao sentimento de que tudo é, no fim do dia, um grande vazio sem sentido algum.

Os transtornos da neurose são desenvolvidos justamente na tentativa de garantir alguma sensação de controle a respeito daquilo que no geral é temido e não se pode controlar. Gerenciando e manejando obsessivamente os fatores que são controláveis, como o alinhamento dos objetos de decoração de uma casa ou o interruptor de luz da parede, oferece-se algum alívio ao temor da condição aleatória dos acontecimentos.

Muito se vê propagandeada a ideia de que a felicidade e o prazer ininterruptos e ilimitados estão na ordem do dia. O pleno, o perfeito, o feliz e sempre ótimo.  O perigo pode estar aí.  Em acreditar que a vida só vale a pena ser vivida se for plena de prazer ininterrupto, sem momentos de tédio, tristeza, quedas, dores.

E o que isso tem a ver com as relações amorosas afinal? A ideia aqui é pensar em alguma noção de compromisso. E qual compromisso, qual intenção.

Compromissos são acordos. Acordos são contratos. Ao assumir compromissos e relacionamentos no geral, forma-se a possibilidade de um laço. Um vínculo no qual pode se desenvolver uma ligação de fato. No caso dos relacionamentos amorosos, um campo de troca no qual se pode estar vulnerável de maneira positiva.

Sobre o caráter gasoso que as relações foram ganhando, talvez por antigamente não ter sido admissível que acordos matrimoniais terminassem, à medida que isso foi mudando, as pessoas foram se libertando para, afinal, rescindirem o contratos que quisessem, inclusive aqueles feitos diante do pároco e do juiz.

Numa linha do tempo, diante da possibilidade de encontrar pessoas e estar com elas a qualquer momento sem muitas complicações ou burocracias, pode-se ter descoberto uma nova fonte de prazer. E com ela, um novo vício.

Como tudo que nos dá prazer, de chocolate, sexo, video game, compras ou drogas, a sensação de apaixonamento também afeta e modula nosso sempre presente núcleo accumbens, região do cérebro responsável pela sensação de prazer, dito de maneira bem geral.

Portanto, sim a paixão tem dado mostras científicas de ser viciante, e de levar o humano a sair pulando de galho em galho, na incessante busca pela próxima sensação de apaixonamento, que é inédita e tem duração limitada. Quando ela arrefece e a poeira baixa, ali se enxerga uma pessoa  real por detrás de toda a idealização feita pelos apaixonados.

Resta decidir então se se quer retomar a carga e pegar a fila para a próxima montanha russa gigante, ou se se está mais para um passeio de barquinho no rio calmo. Escolhas difíceis e psicoterapia bem vinda!

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    Que vem do mais fundo, profundo, onde não cabe a razão. Além de Alceu Valença, muitos cantaram e cantam e versam sobre a paixão. Na estante de filosofia e sociologia, o aclamado escritor polonês Zygmunt Baumann escreveu uma série de livros que viraram best sellers da na literatura pós moderna, nos quais ele discorre e nos convida a pensar a impermanência. O caráter dinâmico das relações, líquido e efêmero que elas podem ter. É de se pensar se os amores escritos por Baumann em seus livros já efervesceram, e de líquidos se tornaram gasosos, desmanchando no ar. Ainda quando líquidos era possível vê-los escorrendo pelos dedos das mãos. Já amores se gasosos podem levar à ideia de fantasmagoria, de total inexistência. Será que em algum momento existiu algo ali? Pelo sim  e pelo não, era bom o sentimento? Pode-se pensar que talvez haja algo acontecendo que possa estar deixando os seres humanos com um certo sentimento de vazio. Vazio que pode vir a gerar toda uma série de sintomas neuróticos, que vem à tona como uma espécie de solo firme ao qual o sujeito precisa se agarrar e busca se agarrar, para se organizar minimamente e não sucumbir ao sentimento de que tudo é, no fim do dia, um grande vazio sem sentido algum. Os transtornos da neurose são desenvolvidos justamente na tentativa de garantir alguma sensação de controle a respeito daquilo que no geral é temido e não se pode controlar. Gerenciando e manejando obsessivamente os fatores que são controláveis, como o alinhamento dos objetos de decoração de uma casa ou o interruptor de luz da parede, oferece-se algum alívio ao temor da condição aleatória dos acontecimentos. Muito se vê propagandeada a ideia de que a felicidade e o prazer ininterruptos e ilimitados estão na ordem do dia. O pleno, o perfeito, o feliz e sempre ótimo.  O perigo pode estar aí.  Em acreditar que a vida só vale a pena ser vivida se for plena de prazer ininterrupto, sem momentos de tédio, tristeza, quedas, dores. E o que isso tem a ver com as relações amorosas afinal? A ideia aqui é pensar em alguma noção de compromisso. E qual compromisso, qual intenção. Compromissos são acordos. Acordos são contratos. Ao assumir compromissos e relacionamentos no geral, forma-se a possibilidade de um laço. Um vínculo no qual pode se desenvolver uma ligação de fato. No caso dos relacionamentos amorosos, um campo de troca no qual se pode estar vulnerável de maneira positiva. Sobre o caráter gasoso que as relações foram ganhando, talvez por antigamente não ter sido admissível que acordos matrimoniais terminassem, à medida que isso foi mudando, as pessoas foram se libertando para, afinal, rescindirem o contratos que quisessem, inclusive aqueles feitos diante do pároco e do juiz. Numa linha do tempo, diante da possibilidade de encontrar pessoas e estar com elas a qualquer momento sem muitas complicações ou burocracias, pode-se ter descoberto uma nova fonte de prazer. E com ela, um novo vício. Como tudo que nos dá prazer, de chocolate, sexo, video game, compras ou drogas, a sensação de apaixonamento também afeta e modula nosso sempre presente núcleo accumbens, região do cérebro responsável pela sensação de prazer, dito de maneira bem geral. Portanto, sim a paixão tem dado mostras científicas de ser viciante, e de levar o humano a sair pulando de galho em galho, na incessante busca pela próxima sensação de apaixonamento, que é inédita e tem duração limitada. Quando ela arrefece e a poeira baixa, ali se enxerga uma pessoa  real por detrás de toda a idealização feita pelos apaixonados. Resta decidir então se se quer retomar a carga e pegar a fila para a próxima montanha russa gigante, ou se se está mais para um passeio de barquinho no rio calmo. Escolhas difíceis e psicoterapia bem vinda!
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