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Luto perinatal

31 de dezembro de 2020
Por: administrator
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Luto perinatal

As perdas gestacionais são de natureza bastante frequente, já que 25% das gestações não avançam no primeiro trimestre, após terem sido confirmadas.

De natureza menos frequente, mas igualmente importante de se comentar, são as mortes perinatais, ou seja, morte do bebê na barriga em momentos mais avançados ou logo após o parto.

Porém pouco se fala sobre as consequências emocionais dessas perdas para a família. Temos tendência a querer esquecer isso, deixar isso para trás.

Muito comum nos escondermos atrás de frases como: “mas você já tem um filho”, “pelo menos você sabe que pode engravidar”, “foi melhor assim, agora no começo”, “você vai superar”.

A dor de perder um filho antes mesmo de poder tê-lo é um luto que não é autorizado no nosso entorno, mas é isso que o faz tão dolorido.

As famílias precisam se despedir de algo que planejavam, de um sonho que não volta atrás. Não há memórias vividas com esse bebê. Não há rosto. Tudo fica no que poderia ter sido. E as coisas são muito difíceis, ainda mais sem apoio.

Talvez a questão passe um pouco por aí, para quem não está vivendo isso. A dor é tão forte, tão inimaginável, que é melhor não pensar nisso.

Tendemos – ainda que isso não seja totalmente real – a achar que gravidez e maternidade são fases alegres, e que a vivência dessa pessoa “azeda” o clima de alegria. E esse é um dos maiores pesares de uma família enlutada, já que ela não tem espaço.

Ela não tem espaço porque os pais de bebês nascidos são visitados na maternidade, vão ao pediatra, fazem grupos de recém-nascidos, usam as roupinhas que deram de presente.

Os pais de bebês que não viveram ficam no silêncio, no vazio, no escuro. Que médico acompanha após a perda? Que grupos de acolhimento existem?

Queremos escapar desses pensamentos de pesar que acompanham histórias desse tipo. Queremos “nos livrar logo” da situação.

Não é incomum profissionais sugerirem cesarianas nesses casos. Ou que o bebê não seja visto pelos pais após o nascimento. Que a mãe não vá ao enterro porque a dor seria demais. Ou que sejam prescritas medicações que inibem o leite.

A questão aqui é que se escolhe pela família sem perguntar a opinião delas. Sabe-se que o luto – em qualquer circunstância – leva tempo, leva elaboração, leva simbolização. Leva em conta a personalidade.

E o processo é da família, e não do profissional ou do amigo. Portanto, precisamos respeitar o tempo e as escolhas. Você quer fugir, mas a família pode precisar mergulhar no processo.

As cesarianas são procedimentos que foram criados para salvar a vida do bebê. Quando estamos falando de um bebê morto, a via de parto preferencial é o normal, que pode ser induzido.

Não é obrigatório sentir a dor das contrações, pode-se dar analgesia caso a mãe queira. Mas o processo da expulsão natural faz parte da despedida, se a mãe assim o quiser.

Muitas famílias optam por fotografar o parto e a chegada do bebê. Porque essas serão as únicas e últimas fotos com esse pequeno tão sonhado (mesmo que com ressentimento).

E muitas mulheres querem produzir leite e doá-lo para beneficiar outros bebês e sentir algum reconforto nisso tudo.

Não estou dizendo que todas as famílias vão optar por tudo o que foi dito, mas a questão é que nós, que não estamos passando por isso, não temos a resposta.

Nossa resposta não deve passar por cima do desejo deles. As coisas não são óbvias, porque tendemos a querer fugir, parar de pensar no processo.

Um elemento muito importante para muitas famílias enlutadas é a realização de rituais. Ter uma caixinha com um pedaço de cabelo, uma pulseira de hospital.

Coisas que materializem a existência desse bebê que se foi tão novo, para que eles se relembrem e tenham a prova de que esse bebê existiu.

Como eu disse, as coisas não são óbvias no começo. Mas olhando com compaixão e carinho, é possível entender que as decisões devem ser das famílias. Em caso de dúvida, podemos sempre perguntar a eles. Levar o outro em consideração.

E permitir a existência desse bebê para eles. Abrir um espaço para que eles relembrem, sonhem e passem momentos com o que foi e não foi. Caso você não consiga fazer isso, passe para alguém que saiba. Não tente corrigir o incorrigível. A realidade é dura demais para as famílias não terem acolhimento.

Se precisa de ajuda ou está com dúvidas, não deixe de se consultar com profissionais que podem te ajudar.

Entre em contato com os nossos profissionais clicando aqui.

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Médico psiquiatra, psicoterapeuta cognitivo-comportamental.

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