Setembro Amarelo: Formas de ajudar alguém com pensamento suicida
O período do mês de setembro chamado de “Setembro Amarelo” é dedicado a abordar questões relacionadas ao suicídio, a fim de conscientizar sobre ele e o prevenir. No Brasil, são registrados cerca de 14 mil tentativas de suicídio por ano. No entanto, se alguém próximo nos procurar para falar sobre isso ou mostrar sinais de que está pensando em suicídio, como podemos a ajudar?
Escute sem julgar
É comum queremos colocar nosso ponto de vista e sugerir coisas que, no nosso ponto de vista, podem ajudar. Muitas vezes, sem perceber, podemos emitir uma opinião, formada a partir do nosso ponto de vista e valores. No entanto, muitas vezes essas opiniões podem não ajudar, ofender a pessoa que se abriu sobre o suicídio e a inibir de expor tais pensamentos novamente. Conselhos do tipo: “Acho que você deveria trabalhar mais/menos” ou “Você deveria ir na igreja” não ajudam. A melhor postura é ouvir e acolher esta pessoa, sem a julgar ou emitir uma opinião.
Não evitar esse tópico de conversa
É comum que o tópico do suicídio nos cause emoções negativas, como raiva, frustração, angústia, aversão, principalmente se vem de alguém próximo, de quem gostamos. No entanto, é importante estar aberto a ouvir,
sem demonstrar aversão ou tentar evitar esse assunto.
Oferecer estar junto à pessoa
Mostrar interesse em estar aberto a ouvir essa pessoa e estar presente para ela quando precisar colabora para a construção de um vínculo de confiança entre vocês e cria um lugar seguro para quando ela precisar desabafar e ser ouvida.
Estar atento aos sinais de alerta
Muitas pessoas não exteriorizam os pensamentos de morte, mas alguns sinais podem ser alerta. Sintomas como tristeza a maior parte do tempo, desânimo, desmotivação, episódios de choro frequentes, isolamento, perda de interesse em coisas que gostava, desesperança, culpa excessiva, prejuízo no funcionamento de vida, alteração no apetite e alteração no sono podem ser sintomas depressivos, que poder estar associados a pensamentos suicida. Alguns comportamentos também podem ser sugestivos de alguém com pensamento suicida, tais como abuso de drogas ou álcool, auto-mutilação, desfazer-se de objetos importantes, concluir pendências, despedir-se de pessoas próximas, estocar comprimidos
Aconselhar a buscar ajuda especializada Mais de 95% das pessoas que tentam suicídio têm alguma doença mental que podem justificar a tentativa. Estes transtornos têm tratamento e, portanto, nestes casos, são tratáveis e, consequentemente, é possível prevenir as tentativas com o tratamento correto. O psiquiatra e o psicólogo estão aptos a acolherem um paciente com pensamento suicida. Um olhar do especialista é necessário para que seja diagnosticado o transtorno mental subjacente e o tratamento correto seja prescrito.