Raiva
Sentimentos como alegria, tristeza, medo, raiva, são respostas naturais e inerentes a qualquer ser humano. Mas é comum tentarmos negar a existência de alguns sentimentos, especialmente quando não são socialmente aceitos ou “politicamente corretos”. Por esses critérios, (adotados por vezes de maneira inconsciente) a raiva frequentemente é uma emoção negligenciada.
Por um senso comum, foi construída a ideia de que“é feio”sentir raiva. Espera-se comportamentos sempre cordiais, amáveis, sorridentes, mesmo quando nos sentimos completamente invadidos e violados.
Entretanto, a raiva é produzida como resposta a uma sensação de invasão, de violação dos seus limites internos, e encobrir ou negar o sentimento não muda o que é sentido, ao contrário, faz com que a emoção ganhe força diante da repressão.
Portanto, reconheça, assuma e valide quando estiver sentindo raiva. Só assim será possível dar um significado para esse sentimento e mudar o que está sendo sentido.
Identifique qual foi a situação que te despertou raiva. Não é incomum sentirmos raiva sem nem saber o motivo e precisarmos fazer um retrospecto para entender o que aconteceu.
Respire. O fluxo de ar te ajudará a se reequilibrar e construir uma estratégia mais assertiva para lidar com o que estiver acontecendo.
Conheça quais são suas “válvulas de escape”. Que comportamentos funcionam melhor para você aliviar suas tensões – cada um de nós temos uma maneira que melhor funciona na tentativa extravasarmos e relaxarmos. Uma corrida, exercício físico, banho quente, banho frio, são alternativas funcionais.
Avalie se uma reparação é necessária. Após passado o sentimento de raiva, considere se é necessário e expor a alguém a maneira como você se sentiu. Especialmente em relações de intimidade, é preciso ser honesto com quem esteve envolvido na situação. Isso não significa acusar ninguém, mas falar sobre como você se sentiu e assim, evitar repetições e desgaste na relação.