O que é e quando é indicado fazer avaliação neuropsicológica?
O processo de avaliação neuropsicológica é diferente da psicoterapia, prática mais conhecida realizada por psicólogos.
Enquanto a psicoterapia tem finalidade terapêutica e de tratamento, a Avaliação Neuropsicológica tem um número mais restrito de sessões e finalidade específica para elucidar alguma questão.
“O exame neuropsicológico é um procedimento de investigação clínica cujo objetivo é esclarecer questões sobre os funcionamentos cognitivo, comportamental e (…) emocional de um paciente”. (Malloy- Diniz , 2016)
A Avaliação Neuropsicológica consiste em um processo que abrange entrevistas (com o paciente, familiares e outros profissionais envolvidos no caso); testes cognitivos; observação comportamental e escalas para avaliação de sintomas.
Os testes são cuidadosamente selecionados a partir da demanda do indivíduo e hipóteses levantadas pelo psicólogo e visam reproduzir, no contexto clínico, situações rotineiras que exigem habilidades específicas. Avaliam de forma quantitativa ou qualitativa diversas habilidades cognitivas como memória, atenção, inteligência, flexibilidade mental, controle inibitório, planejamento, entre outros.
Quando se compara habilidades cognitivas de acordo com a média da população (considerando idade e escolaridade), se torna mais perceptível quais são os déficits e facilidades daquela pessoa.
Além da avaliação de aspectos cognitivos, a Avaliação Neuropsicológica também pode ter como finalidade avaliar aspectos de personalidade. A partir da história clínica, observação comportamental e testes específicos é possível aprofundar a compreensão de aspectos emocionais e subjetivos do paciente.
“É uma situação bipessoal, de duração limitada, cujo objetivo é conseguir uma descrição e compreensão, o mais profunda e completa possível, da personalidade total do paciente”. (O CAMPO)
Geralmente é indicado que se faça Avaliação Neuropsicológica quando:
- Há necessidade de avaliação de aspectos cognitivos/emocionais para esclarecer algum diagnóstico, avaliar comorbidades ou definir tratamento e prognósticos.
- Há intenção de avaliar prejuízos cognitivos, comparando com a média populacional.
- Se percebe alteração ou prejuízo (e deseja maior esclarecimento) nos âmbitos comportamentais, emocionais e/ou cognitivos.
- Prejuízos cognitivos e questões emocionais impactam a qualidade de vida e as atividades de rotina do paciente.