Quando a TPM precisa de tratamento?
Os níveis hormonais femininos não são estáveis durante todo o mês, mas se alteram ao
longo do ciclo menstrual gerando também diversas alterações físicas e no humor da mulher.
Cada mulher sente de uma forma diferenciada essas alterações. Além da questão hormonal
e biológica, outros fatores também influenciam a forma que isso vai afetar cada mulher:
hábitos (alimentação, atividade física, hidratação), rotina (sono, relações, nível de estresse,
carga de trabalho) e fatores psicológicos (relações, como essa mulher lida com emoções,
nível de satisfação, entre outros).
A conhecida TPM – tensão/síndrome pré menstrual- é um conjunto de sintomas sentidos
nos últimos dias antes da menstruação (geralmente começa duas semanas antes e acaba
logo nos primeiros dias do ciclo). Existem centenas de sintomas conhecidos, porém os mais
comuns são:
● Irritabilidade
● Fadiga
● Tristeza e choro
● Alteração no apetite e sono
● Dificuldade de concentração
● Autocrítica exacerbada
● Ansiedade
Cada mulher vivencia as alterações hormonais de uma forma diferente devido a fatores
genéticos e situacionais, e a mesma mulher pode ter sintomas diferentes em momentos
variados da vida. Existem casos graves em que a TPM é muito intensa e causa impactos e
prejuízos importantes na vida profissional e nas relações interpessoais da mulher. Quando
os sintomas são bem intensos chamamos de TPDM (Transtorno disfórico pré menstrual),
que também é um transtorno psiquiátrico e depressivo. Nesses casos os sintomas são
intensificados e podem envolver:
● Episódios de agressividade
● Sintomas depressivos (falta de esperança, desespero e ideação suicida)
● Instabilidade de humor
● Crises de ansiedade e pânico
● Dificuldade de concentração com prejuízo funcional
Não é normal e saudável ter tanto sofrimento, e nesses casos é fundamental buscar ajuda.
Quando os sintomas pré menstruais causam muitos prejuízos e são debilitantes é
importante um acompanhamento multiprofissional com ginecologista,psiquiatra e psicólogo.
Neuropsicóloga, Psicóloga, Analista do Comportamento
Desde bem jovem eu já tinha muito interesse pelas pessoas e suas emoções, me interessava pelas relações humanas e em ajudar nas suas dificuldades. Sabia desde cedo que iria ser psicóloga e logo que conclui o ensino médio eu fui aprovada com bolsa integral para cursar Psicologia.
Nos primeiros anos da graduação conheci e me interessei pela abordagem Analítico Comportamental e oferecia monitoria dessa matéria aos outros alunos. Iniciei os atendimentos clínicos nos últimos anos do curso, já nessa abordagem.
Após concluir a graduação fui aprovada no Aprimoramento em Neuropsicologia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. Era um curso intenso (de 40 horas semanais) que ensinava a realizar Avaliações Psicológicas e Neuropsicológicas, nos colocando em uma realidade intensa e instigante de um Hospital Psiquiátrico com casos de alta complexidade. Além de ter um foco na prática profissional, o aprimoramento também fornecia aulas e contato com variados métodos baseados em evidências científicas.
Logo após o término do aprimoramento fui selecionada através de um concurso para a Residência em Saúde Mental oferecida pela Universidade de São Paulo.
A residência era ainda mais intensa (60 horas semanais) e passei por alguns campos da Saúde Pública como: Instituto de Psiquiatria, Consultório na rua e Centro de Atenção psicossocial álcool e outras drogas (CAPS AD). Nesse processo que durou dois anos eu pude aprimorar muito o meu conhecimento e práticas em Saúde Mental, olhar o sujeito em toda sua complexidade e integralidade. Realizava atendimentos individuais e em grupos.
Atualmente atuo em Neuropsicologia e Psicologia Clínica, com abordagem Analítico Comportamental. Busco sempre estar realizando cursos na minha área de atuação para oferecer um melhor atendimento.
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