É muito comum e até saudável que tenhamos sonhos e planos, pois são eles que nos movem e trazem sentido às nossas vidas. Porém, também é comum que muitos daqueles sonhos que nós planejamos acabem morrendo, fazendo com que sejam impossíveis de serem realizados por uma série de fatores, uma vez que não temos controle sobre tudo.
Como fica então a vida das pessoas que devem abrir mão de seus sonhos e realizações por algum motivo? É claro que o sentido e a reação de cada um são singulares e variam de acordo com o valor que o sonho tinha para determinada pessoa, porém podemos listar três reações possíveis de se acontecer.
A primeira diz respeito àquelas pessoas que levam consigo o peso do sonho morto. São aquelas que vivem presas ao que perderam, àquilo que não se realizou. Vivem sob uma revolta, sentem-se injustiçadas com a sensação de viver com algo que lhe foi imposto. Suas vidas ficam paralisadas dominadas por ressentimento e amargura. Questionam do motivo pelo qual aquilo aconteceu com elas, porém não encontram respostas e nem se libertam. Acreditam que aqueles que ainda sonham e não passaram pela mesma situação são pessoas ingênuas e que se iludem. Caso pudessem, os alertaria para mostrar quão inútil é sonhar.
A segunda atitude se refere àqueles que abandonam o sonho. São aqueles que não se revoltam, aceitam que o projeto foi interrompido, aceitam o que aconteceu, mas desistem. Sua atitude é de defesa, temem se iludir novamente e se afastam de qualquer possibilidade de se envolver em algo novo ou semelhante, pois acreditam que não suportariam uma nova perda. Desta forma, se rendem ao conformismo, se tornam indiferentes e passíveis perante a vida. Elas têm suas vidas, fazem o que deve ser feito, porém aparentam estar distante de tudo. Parecem viver de forma automática, cumprindo tarefas, evitando ameaças e temendo a vulnerabilidade.
Já a terceira forma de lidar frente ao fim de um sonho corresponde àquelas pessoas que aceitam o ocorrido, que o sonho acabou. Elas sofrem por isso, mas não fazem disso uma assolação. São pessoas que, apesar das perdas, não se entregam e buscam novos sonhos, novos sentidos e novos caminhos, persistem em sua caminhada. Sofrem pelo que perderam, por terem sido obrigadas a abandonar e enterrar algo que não é mais possível de se concretizar. Contudo, entendem que o homem também tem a capacidade de gerar novos sonhos e sustentar o novo. Note que isso não impede que sofram a perda, elas sofrem, lidam com a frustração, mas conseguem seguir em frente. Percebem que a força que nutria o antigo sonho ainda existe e pode ser usada para recomeçar e reconstruir novos significados e novos trajetos.
Estas são algumas formas de lidar com sonhos que são anulados, porém entenda que sonhos e projetos vão e vem. Muitas vezes não conseguimos conquistar tudo que desejamos, porém sempre é possível recomeçar e buscar novo sentido. Não podemos evitar o sofrimento, porém a forma de lidar com ele pode ser repensado.
Referência:
POMPEIA, J. A.; SAPIENZA B. T.; Os dois nascimentos do homem: escritos sobre terapia e educação na era da técnica. 1. ed. Rio de Janeiro: Via Verita, 2011.
Meu interesse em Psicologia nasce da minha curiosidade em compreender o comportamento humano e na habilidade e potencialidade que esta profissão oferece de uma escuta diferenciada.
É muito comum e até saudável que tenhamos sonhos e planos, pois são eles que nos movem e trazem sentido às nossas vidas. Porém, também é comum que muitos daqueles sonhos que nós planejamos acabem morrendo, fazendo com que sejam impossíveis de serem realizados por uma série de fatores, uma vez que não temos controle sobre tudo. Como fica então a vida das pessoas que devem abrir mão de seus sonhos e realizações por algum motivo? É claro que o sentido e a reação de cada um são singulares e variam de acordo com o valor que o sonho tinha para determinada pessoa, porém podemos listar três reações possíveis de se acontecer. A primeira diz respeito àquelas pessoas que levam consigo o peso do sonho morto. São aquelas que vivem presas ao que perderam, àquilo que não se realizou. Vivem sob uma revolta, sentem-se injustiçadas com a sensação de viver com algo que lhe foi imposto. Suas vidas ficam paralisadas dominadas por ressentimento e amargura. Questionam do motivo pelo qual aquilo aconteceu com elas, porém não encontram respostas e nem se libertam. Acreditam que aqueles que ainda sonham e não passaram pela mesma situação são pessoas ingênuas e que se iludem. Caso pudessem, os alertaria para mostrar quão inútil é sonhar. A segunda atitude se refere àqueles que abandonam o sonho. São aqueles que não se revoltam, aceitam que o projeto foi interrompido, aceitam o que aconteceu, mas desistem. Sua atitude é de defesa, temem se iludir novamente e se afastam de qualquer possibilidade de se envolver em algo novo ou semelhante, pois acreditam que não suportariam uma nova perda. Desta forma, se rendem ao conformismo, se tornam indiferentes e passíveis perante a vida. Elas têm suas vidas, fazem o que deve ser feito, porém aparentam estar distante de tudo. Parecem viver de forma automática, cumprindo tarefas, evitando ameaças e temendo a vulnerabilidade. Já a terceira forma de lidar frente ao fim de um sonho corresponde àquelas pessoas que aceitam o ocorrido, que o sonho acabou. Elas sofrem por isso, mas não fazem disso uma assolação. São pessoas que, apesar das perdas, não se entregam e buscam novos sonhos, novos sentidos e novos caminhos, persistem em sua caminhada. Sofrem pelo que perderam, por terem sido obrigadas a abandonar e enterrar algo que não é mais possível de se concretizar. Contudo, entendem que o homem também tem a capacidade de gerar novos sonhos e sustentar o novo. Note que isso não impede que sofram a perda, elas sofrem, lidam com a frustração, mas conseguem seguir em frente. Percebem que a força que nutria o antigo sonho ainda existe e pode ser usada para recomeçar e reconstruir novos significados e novos trajetos. Estas são algumas formas de lidar com sonhos que são anulados, porém entenda que sonhos e projetos vão e vem. Muitas vezes não conseguimos conquistar tudo que desejamos, porém sempre é possível recomeçar e buscar novo sentido. Não podemos evitar o sofrimento, porém a forma de lidar com ele pode ser repensado. Referência: POMPEIA, J. A.; SAPIENZA B. T.; Os dois nascimentos do homem: escritos sobre terapia e educação na era da técnica. 1. ed. Rio de Janeiro: Via Verita, 2011.
É muito comum e até saudável que tenhamos sonhos e planos, pois são eles que nos movem e trazem sentido às nossas vidas. Porém, também é comum que muitos daqueles sonhos que nós planejamos acabem morrendo, fazendo com que sejam impossíveis de serem realizados por uma série de fatores, uma vez que não temos controle sobre tudo. Como fica então a vida das pessoas que devem abrir mão de seus sonhos e realizações por algum motivo? É claro que o sentido e a reação de cada um são singulares e variam de acordo com o valor que o sonho tinha para determinada pessoa, porém podemos listar três reações possíveis de se acontecer. A primeira diz respeito àquelas pessoas que levam consigo o peso do sonho morto. São aquelas que vivem presas ao que perderam, àquilo que não se realizou. Vivem sob uma revolta, sentem-se injustiçadas com a sensação de viver com algo que lhe foi imposto. Suas vidas ficam paralisadas dominadas por ressentimento e amargura. Questionam do motivo pelo qual aquilo aconteceu com elas, porém não encontram respostas e nem se libertam. Acreditam que aqueles que ainda sonham e não passaram pela mesma situação são pessoas ingênuas e que se iludem. Caso pudessem, os alertaria para mostrar quão inútil é sonhar. A segunda atitude se refere àqueles que abandonam o sonho. São aqueles que não se revoltam, aceitam que o projeto foi interrompido, aceitam o que aconteceu, mas desistem. Sua atitude é de defesa, temem se iludir novamente e se afastam de qualquer possibilidade de se envolver em algo novo ou semelhante, pois acreditam que não suportariam uma nova perda. Desta forma, se rendem ao conformismo, se tornam indiferentes e passíveis perante a vida. Elas têm suas vidas, fazem o que deve ser feito, porém aparentam estar distante de tudo. Parecem viver de forma automática, cumprindo tarefas, evitando ameaças e temendo a vulnerabilidade. Já a terceira forma de lidar frente ao fim de um sonho corresponde àquelas pessoas que aceitam o ocorrido, que o sonho acabou. Elas sofrem por isso, mas não fazem disso uma assolação. São pessoas que, apesar das perdas, não se entregam e buscam novos sonhos, novos sentidos e novos caminhos, persistem em sua caminhada. Sofrem pelo que perderam, por terem sido obrigadas a abandonar e enterrar algo que não é mais possível de se concretizar. Contudo, entendem que o homem também tem a capacidade de gerar novos sonhos e sustentar o novo. Note que isso não impede que sofram a perda, elas sofrem, lidam com a frustração, mas conseguem seguir em frente. Percebem que a força que nutria o antigo sonho ainda existe e pode ser usada para recomeçar e reconstruir novos significados e novos trajetos. Estas são algumas formas de lidar com sonhos que são anulados, porém entenda que sonhos e projetos vão e vem. Muitas vezes não conseguimos conquistar tudo que desejamos, porém sempre é possível recomeçar e buscar novo sentido. Não podemos evitar o sofrimento, porém a forma de lidar com ele pode ser repensado. Referência: POMPEIA, J. A.; SAPIENZA B. T.; Os dois nascimentos do homem: escritos sobre terapia e educação na era da técnica. 1. ed. Rio de Janeiro: Via Verita, 2011.
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