Qual a importância da avaliação neuropsicológica para investigação do TDAH?
O Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH) é um Transtorno do desenvolvimento, em que a pessoa apresenta sintomas de impulsividade/hiperatividade e/ou desatenção. Os sintomas aparecem antes dos 12 anos e afeta diversos âmbitos da vida da pessoa. O diagnóstico de TDAH ocorre por meio de avaliação clínica, isso quer dizer que não existe nenhum exame – como o de neuroimagem, por exemplo – para
detectar este transtorno. Por conta disso, para um diagnóstico rigoroso, faz-se um acompanhamento cuidadoso do caso.
Uma avaliação para diagnóstico de TDAH pode incluir tanto o trabalho de um psiquiatra/neurologista quanto de um neuropsicólogo. Ambos os profissionais lançarão mão de uma entrevista completa, de modo a avaliar se a queixa do examinado ocorre desde a infância e se os sintomas relatados são apenas por uma questão de dificuldade de adaptação a determinado situação da vida da pessoa. Porém, o neuropsicólogo pode também recorrer ao uso de testes e escalas de avaliação de comportamento que têm como objetivo avaliar não só aspectos cognitivos do paciente (que incluem atenção, memória, capacidade de planejar, capacidade de flexibilizar e de inibir comportamentos), mas também a funcionalidade da pessoa em atividades diárias.
A avaliação neuropsicológica pode ser uma importante ferramenta para complementar as informações coletadas pelo profissional na entrevista, principalmente pelo fato de muitas pesquisas observarem um padrão de desempenho cognitivo alterado,
principalmente em testes cognitivos que avaliam memória operacional, capacidade de planejamento e controle inibitório, nas pessoas que têm TDAH. Além disso, as escalas que avaliam comportamento e disfunções executivas apresentam boa sensibilidade para o diagnóstico de pessoas com o TDAH.
Sendo assim, a investigação diagnóstica para TDAH necessita de tempo, observação clinica qualificada e, para uma compreensão maior do caso, uso de testes e escalas comportamentais de uso da Psicologia.