Quais são os estágios da Doença de Alzheimer? – Parte 2
No texto anterior começamos a discutir sobre os estágios que acontecem durante a progressão da Doença de Alzheimer. Descrevemos o primeiro estágio, caracterizado pela normalidade a despeito das alterações que já acontecem no sistema nervoso; o segundo estágio caracterizado pelas queixas subjetivas que não são detectadas em testes; e o terceiro estágio, o comprometimento cognitivo leve. No texto de hoje, daremos continuidade com os próximos estágios.
O quarto estágio é a demência leve. Nesse estágio já são detectadas modificações moderadas nos testes cognitivos. Além do mais, a pessoa começa a apresentar dificuldades para executar tarefas de seu cotidiano, tais como fazer compras, organizar seus remédios, planejar viagens. Começa, pois, a necessitar da ajuda de outras pessoas e pode começar a se retrair socialmente.
O quinto estágio é a demência moderada. Além da maior dificuldade na execução de atividades do cotidiano, o indivíduo começa a apresentar esquecimentos da área pessoal e a ficar mais desorientada no tempo.
O sexto estágio é a demência moderadamente grave. Nesse momento, o comprometimento cognitivo é grave e ficam mais evidentes as alterações comportamentais (como ficar agitado ou querer perambular). Além disso, a pessoa começa a evoluir com necessidade de assistência para atividades de autocuidado, como vestir-se, tomar banho e usar o banheiro. Por fim, a pessoa pode apresentar incontinência urinária e fecal.
O sétimo e último estágio é a demência grave. Nesse estágio, o indivíduo se torna indiferente aos estímulos externos e às pessoas ao seu redor. É completamente dependente nos cuidados, evoluiu com incapacidade de falar e de se manter ereta.
Por fim, vale ressaltar que com os recursos disponíveis atualmente, o diagnóstico da doença de Alzheimer geralmente acontece no quarto estágio, ou seja, quando já existe um quadro demencial. Contudo, muitas pesquisas têm sido realizadas com o objetivo de desenvolver métodos que permitam um diagnóstico cada vez mais precoce.
Bibliografia: Mast, BT; Yochim, BP. Doença de Alzheimer e demência. 1 ed. São Paulo : Hogrefe, 2019.