Por que é importante adotar uma postura não julgadora?
Aprendemos com a linguagem a classificar as coisas de acordo com categorias pré-definidas ou que criamos. Tal mercado é legal, o outro não, tal celular é bom o outro ruim. A partir do rótulo que criamos passamos a nos relacionar diferente com cada uma dessas coisas. Por exemplo: Assim que classificamos um determinado mercado é ruim, por exemplo, provavelmente iremos evitar até entrar nele, independente da checagem do que de fato há de ofertas.
Há possivelmente dois tipos de julgamentos. Julgamentos que avaliam, e julgamentos que diferenciam. Os julgamentos que avaliam, normalmente classificam as coisas como boas/ruins, úteis/inúteis, valiosas/não valiosas. Os julgamentos que avaliam podem nos atrapalhar porque faz com que às vezes perdemos de foco os reais fatos e consequência daquele determinado evento, uma vez que essas avaliações não são baseadas na realidade factual e são coisas que nós adicionamos a realidade. Isso pode fazer com que perdemos de vista detalhes importantes da realidade. Por exemplo: por classificar algo como ruim, podemos deixar de nos relacionar com essa coisa, mesmo ela tendo na verdade potencial de nos ajudar, e, ao contrário, ao classificar algo como bom podemos deixar de olhar para a forma como aquilo nos faz mal. Isso serve até para relacionamentos.
Os julgamentos úteis, porém, são aqueles que nos permitem diferenciar eventos. Diferenciam por exemplo, um peixe bom para consumo de um ruim, uma piscina cheia ou vazia, é fundamental para que possamos evitar ter problemas como um machucado na piscina, ou uma intoxicação vinda do consumo de um alimento estragado.
Dicas para adotar uma postura não julgadora:
● Tente descrever os fatos do evento ou situação – somente o que é observado pelos seus sentidos (visão, tato, paladar, audição).
● Descreva as consequências do evento: fique preso aos fatos.
● Descreva seus sentimentos em resposta aos fatos (lembre-se que emoções não são julgamentos e são involuntários.
Assim fica mais provável que você diferencie os fatos e avalie menos, se relacionando de forma
mais coerente com os fatos.