Pets: como eles ajudam no tratamento de doenças mentais?
Todos nós intuímos que ter um bicho de estimação em casa pode deixar a gente de melhor humor. Existem novos estudos mostrando que ter um animal peludo em casa pode ser um recurso para melhora das doenças mentais por diversos motivos.
O primeiro está relacionado a benefícios na sensação de isolamento típico de pessoas com depressão e outras condições psiquiátricas. Isso porque eles trazem afeto, conforto e presença quase imediatamente quando se precisa, muito mais rápido do que com pessoas.
O contato físico com um bichinho reduz a sensação de isolamento, sendo fonte de calor físico e companheirismo, trazendo inclusive, oportunidades de comunicação. Para muitos, dividir o sofrimento com seu bicho é um alívio, pois eles não se sentem julgados, interrompidos ou se sentem um fardo. Compartilhar ajuda a colocar os pensamentos em ordem e expressar o que sentem. Esse benefício também é bom para pessoas com autismo e estresse pós-traumático, porque ajudam sem ultrapassar limites.
Com esse olhar positivo e incondicional, os pets promovem estabilidade emocional, regulando emoções, administrando estresse e ajudando pessoas a lidar com eventos difíceis da vida.
Os pets também tem influência positiva na vida prática das pessoas em tratamento psiquiátrico.
Estudos mostram que gatos, cachorros e até pássaros, reduzem crises por distrair os pacientes de seus sintomas como crises de pânico, ideação suicida ou vozes. Em alguns casos, a distração pode não ser efetiva, mas eles animam a pessoa logo após a crise, reduzindo o impacto negativo.
Eles também ajudam na atividade diária, aumentando mobilidade e a atividade física, além de promover um contato com a natureza. Os pacientes saem mais de casa e inclusive buscam mais ajuda em serviços de saúde, caso precisem, do que os que não tem pets.
Em resumo, pode-se dizer que os pets contribuem para uma melhora na vida prática das pessoas com transtornos psiquiátricos por demandarem cuidados práticos e atenção. Assim, eles trazem seus donos para o presente. Os indivíduos, por sua vez, passam a remoer menos o passado ou as preocupações com o futuro.
Um outro aspecto da vida mental que apresenta melhora com um animal de estimação é a interação social. Isso é válido principalmente com cachorros que são passeados. Muitas pessoas passam a iniciar conversas e criar laços graças aos peludos. Mas essas conversas não são apenas curtas socializações. Elas tem efeitos mais duradouros na autoestima da pessoa, o que facilita ainda mais as próximas interações. Os donos se sentem mais abertos em situações sociais e até lidam melhor com conversas mais difíceis com familiares do que antes.
O último aspecto benéfico na saúde mental é a construção de identidade, autoestima e sentido existencial.
Depois de um diagnóstico psiquiátrico, algumas pessoas podem sentir uma perda de significado em suas vidas, o que melhora na companhia de um pet. A maior parte dos donos dizem que o animal de estimação ajudou na recuperação de identidade e para seguir com suas vidas depois de um diagnóstico.
Para pessoas que se sentem consumidas pela doença ou descontroladas, o pet promove uma razão para viver e uma esperança para o futuro. Além disso, o orgulho de perceber a capacidade de conseguir cuidar de alguém ajuda na confiança em si mesmo e a solidificar uma identidade, como a de dono de pet ou de protetor de animais.
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