Chamamos de timidez a tendência a se sentir desconfortável ao interagir com as outras pessoas, especialmente se forem pessoas desconhecidas. Entretanto, a timidez em si não consiste necessariamente em um problema. Todos apresentam algum nível de timidez, nível este que pode variar a depender da situação em que a pessoa se encontre.
Contudo, considerando a vida imersos em uma cultura que valoriza a capacidade de bom desempenho na interação social, ser sociável e extrovertido, como acontece em muitas culturas, os indivíduos com algum grau de dificuldade em lograr êxito quando em situações sociais podem sentir-se de fato em alguma desvantagem, de onde surge o sofrimento.
Nestes casos, quando o sofrimento diante da timidez se instala, pode ser difícil discernir se o que está gerando o incômodo é a dificuldade em si de se aproximar das pessoas, ou por outro lado, a maneira como os outros tratam aquele que é tímido.
Neste ponto, é útil traçar uma diferenciação entre os conceitos de timidez e introversão.
A introversão está relacionada à uma menor necessidade de contato com outras pessoas. São os sujeitos conhecidos por serem mais “na deles”, buscando na maioria das vezes opções individuais de lazer, mas que não se sentem mal por isso, pelo contrário. O sentimento de estar só é egossintônico, ou seja, está em sintonia com estar mais reservado.
Já na timidez, a pessoa muitas vezes gostaria de estar em meio aos demais, interagindo como os outros, e, quando o faz, é às custas de um grande dispêndio de energia. Para proteger-se da insuportável sensação de exposição, o tímido pode passar a evitar as situações nas quais sentiu que não estava agindo de acordo com o que o grupo espera dele. Nesse caso, o isolamento é egodistônico, não está conforme aquilo que o sujeito almejava.
Uma pessoa muito tímida pode evitar o contato social, mesmo que queira muito interagir. Diferentemente de uma pessoa só muito introvertida, que, além de já manifestar menos vontade de interagir com os outros, não vai se sentir tão nervosa, tensa ou ansiosa quando a interação social de fato ocorre.
A timidez também apresenta suas vantagens. Pessoas mais tímidas tendem a ser mais concentradas, bons ouvintes, pessoas sensíveis e atentas. A introversão pode promover terreno favorável ao surgimento de criatividade e novas ideias. Charles Darwin e Albert Einstein, por exemplo, eram conhecidos como pessoas menos sociáveis e mais introvertidas, tendo sido a partir das longas horas de estudo possibilitadas por essa busca do isolamento social que ambos conseguiram revolucionar a visão que temos hoje da física, do universo, e outras questões abrangentes sobre a vida.
Existem evidências de que predisposições genéticas podem tornar as pessoas mais propensas a desenvolverem a timidez. Mas a experiência de vida e toda uma série de fatores epigenéticos, que estão fora da programação dos genes, podem impactar muito esse aspecto da personalidade, tais como vivências de negligência na infância.
Algumas pesquisas sobre a estrutura cortical das pessoas mais tímidas indicam que talvez essas pessoas sintam emoções tanto positivas quanto negativas de maneira mais intensa que as pessoas menos tímidas. Essa maior sensibilidade emocional, tanto para emoções positivas quanto para negativas, em casos mais extremos, pode vir a resultar em uma condição psicopatológica conhecida como fobia social, na qual o sujeito passa a generalizar acontecimentos negativos para todas as interações futuras que possa vir a ter, evitando-as a todo custo.
Essa reclusão traz sofrimento e medo, dificultando e restringindo vida diária. Ainda num continuum de evolução de um comportamento de reclusão social, existe o transtorno de personalidade evitativa, na qual a pessoa além de sentir-se extremamente inibida a interagir com os outros, costuma apresentar níveis de auto estima muito baixos e medo de ser visto e julgado de maneira negativa nas mais diversas situações, até em momentos dos mais triviais.
O transtorno de personalidade evitativa guarda muita semelhança com a fobia social. A principal diferença é que nota-se um padrão difuso e duradouro de evitação social, embora, vale a pena salientar, as diferenças são muito sutis e devem ser observadas e avaliadas de perto, conforme cada caso.
Como lidar com a introversão, timidez e seus modos patológicos? Uma forma que tem se mostrado bastante eficaz de maneira sólida e consistente é por meio do treino das habilidades sociais, consistindo em, gradativamente diminuir o desconforto em começar, manter e terminar conversas, expressar o que está sentindo, saber dar e receber elogios e críticas, entre outras coisas envolvidas no momento de estar em contato com outras pessoas.
As habilidades sociais podem ser inclusive melhoradas por meio de psicoterapia, onde a relação com o próprio psicoterapeuta será uma experiência válida e acolhedora para exercitar o desenvolvimento de tais recursos, diminuindo o sofrimento. A medida que o indivíduo for sentindo-se mais satisfeito com suas interações sociais, mais natural e orgânico se torna o movimento dialético do que diariamente temos como – a convivência.
Minha curiosidade pelos processos da mente humana, suas estruturas, as viscissitudes e singularidades que fazem cada um de nós ser tão único, o gosto pelos estudos.
Chamamos de timidez a tendência a se sentir desconfortável ao interagir com as outras pessoas, especialmente se forem pessoas desconhecidas. Entretanto, a timidez em si não consiste necessariamente em um problema. Todos apresentam algum nível de timidez, nível este que pode variar a depender da situação em que a pessoa se encontre. Contudo, considerando a vida imersos em uma cultura que valoriza a capacidade de bom desempenho na interação social, ser sociável e extrovertido, como acontece em muitas culturas, os indivíduos com algum grau de dificuldade em lograr êxito quando em situações sociais podem sentir-se de fato em alguma desvantagem, de onde surge o sofrimento. Nestes casos, quando o sofrimento diante da timidez se instala, pode ser difícil discernir se o que está gerando o incômodo é a dificuldade em si de se aproximar das pessoas, ou por outro lado, a maneira como os outros tratam aquele que é tímido. Neste ponto, é útil traçar uma diferenciação entre os conceitos de timidez e introversão. A introversão está relacionada à uma menor necessidade de contato com outras pessoas. São os sujeitos conhecidos por serem mais “na deles”, buscando na maioria das vezes opções individuais de lazer, mas que não se sentem mal por isso, pelo contrário. O sentimento de estar só é egossintônico, ou seja, está em sintonia com estar mais reservado. Já na timidez, a pessoa muitas vezes gostaria de estar em meio aos demais, interagindo como os outros, e, quando o faz, é às custas de um grande dispêndio de energia. Para proteger-se da insuportável sensação de exposição, o tímido pode passar a evitar as situações nas quais sentiu que não estava agindo de acordo com o que o grupo espera dele. Nesse caso, o isolamento é egodistônico, não está conforme aquilo que o sujeito almejava. Uma pessoa muito tímida pode evitar o contato social, mesmo que queira muito interagir. Diferentemente de uma pessoa só muito introvertida, que, além de já manifestar menos vontade de interagir com os outros, não vai se sentir tão nervosa, tensa ou ansiosa quando a interação social de fato ocorre. A timidez também apresenta suas vantagens. Pessoas mais tímidas tendem a ser mais concentradas, bons ouvintes, pessoas sensíveis e atentas. A introversão pode promover terreno favorável ao surgimento de criatividade e novas ideias. Charles Darwin e Albert Einstein, por exemplo, eram conhecidos como pessoas menos sociáveis e mais introvertidas, tendo sido a partir das longas horas de estudo possibilitadas por essa busca do isolamento social que ambos conseguiram revolucionar a visão que temos hoje da física, do universo, e outras questões abrangentes sobre a vida. Existem evidências de que predisposições genéticas podem tornar as pessoas mais propensas a desenvolverem a timidez. Mas a experiência de vida e toda uma série de fatores epigenéticos, que estão fora da programação dos genes, podem impactar muito esse aspecto da personalidade, tais como vivências de negligência na infância. Algumas pesquisas sobre a estrutura cortical das pessoas mais tímidas indicam que talvez essas pessoas sintam emoções tanto positivas quanto negativas de maneira mais intensa que as pessoas menos tímidas. Essa maior sensibilidade emocional, tanto para emoções positivas quanto para negativas, em casos mais extremos, pode vir a resultar em uma condição psicopatológica conhecida como fobia social, na qual o sujeito passa a generalizar acontecimentos negativos para todas as interações futuras que possa vir a ter, evitando-as a todo custo. Essa reclusão traz sofrimento e medo, dificultando e restringindo vida diária. Ainda num continuum de evolução de um comportamento de reclusão social, existe o transtorno de personalidade evitativa, na qual a pessoa além de sentir-se extremamente inibida a interagir com os outros, costuma apresentar níveis de auto estima muito baixos e medo de ser visto e julgado de maneira negativa nas mais diversas situações, até em momentos dos mais triviais. O transtorno de personalidade evitativa guarda muita semelhança com a fobia social. A principal diferença é que nota-se um padrão difuso e duradouro de evitação social, embora, vale a pena salientar, as diferenças são muito sutis e devem ser observadas e avaliadas de perto, conforme cada caso. Como lidar com a introversão, timidez e seus modos patológicos? Uma forma que tem se mostrado bastante eficaz de maneira sólida e consistente é por meio do treino das habilidades sociais, consistindo em, gradativamente diminuir o desconforto em começar, manter e terminar conversas, expressar o que está sentindo, saber dar e receber elogios e críticas, entre outras coisas envolvidas no momento de estar em contato com outras pessoas. As habilidades sociais podem ser inclusive melhoradas por meio de psicoterapia, onde a relação com o próprio psicoterapeuta será uma experiência válida e acolhedora para exercitar o desenvolvimento de tais recursos, diminuindo o sofrimento. A medida que o indivíduo for sentindo-se mais satisfeito com suas interações sociais, mais natural e orgânico se torna o movimento dialético do que diariamente temos como – a convivência.
Chamamos de timidez a tendência a se sentir desconfortável ao interagir com as outras pessoas, especialmente se forem pessoas desconhecidas. Entretanto, a timidez em si não consiste necessariamente em um problema. Todos apresentam algum nível de timidez, nível este que pode variar a depender da situação em que a pessoa se encontre. Contudo, considerando a vida imersos em uma cultura que valoriza a capacidade de bom desempenho na interação social, ser sociável e extrovertido, como acontece em muitas culturas, os indivíduos com algum grau de dificuldade em lograr êxito quando em situações sociais podem sentir-se de fato em alguma desvantagem, de onde surge o sofrimento. Nestes casos, quando o sofrimento diante da timidez se instala, pode ser difícil discernir se o que está gerando o incômodo é a dificuldade em si de se aproximar das pessoas, ou por outro lado, a maneira como os outros tratam aquele que é tímido. Neste ponto, é útil traçar uma diferenciação entre os conceitos de timidez e introversão. A introversão está relacionada à uma menor necessidade de contato com outras pessoas. São os sujeitos conhecidos por serem mais “na deles”, buscando na maioria das vezes opções individuais de lazer, mas que não se sentem mal por isso, pelo contrário. O sentimento de estar só é egossintônico, ou seja, está em sintonia com estar mais reservado. Já na timidez, a pessoa muitas vezes gostaria de estar em meio aos demais, interagindo como os outros, e, quando o faz, é às custas de um grande dispêndio de energia. Para proteger-se da insuportável sensação de exposição, o tímido pode passar a evitar as situações nas quais sentiu que não estava agindo de acordo com o que o grupo espera dele. Nesse caso, o isolamento é egodistônico, não está conforme aquilo que o sujeito almejava. Uma pessoa muito tímida pode evitar o contato social, mesmo que queira muito interagir. Diferentemente de uma pessoa só muito introvertida, que, além de já manifestar menos vontade de interagir com os outros, não vai se sentir tão nervosa, tensa ou ansiosa quando a interação social de fato ocorre. A timidez também apresenta suas vantagens. Pessoas mais tímidas tendem a ser mais concentradas, bons ouvintes, pessoas sensíveis e atentas. A introversão pode promover terreno favorável ao surgimento de criatividade e novas ideias. Charles Darwin e Albert Einstein, por exemplo, eram conhecidos como pessoas menos sociáveis e mais introvertidas, tendo sido a partir das longas horas de estudo possibilitadas por essa busca do isolamento social que ambos conseguiram revolucionar a visão que temos hoje da física, do universo, e outras questões abrangentes sobre a vida. Existem evidências de que predisposições genéticas podem tornar as pessoas mais propensas a desenvolverem a timidez. Mas a experiência de vida e toda uma série de fatores epigenéticos, que estão fora da programação dos genes, podem impactar muito esse aspecto da personalidade, tais como vivências de negligência na infância. Algumas pesquisas sobre a estrutura cortical das pessoas mais tímidas indicam que talvez essas pessoas sintam emoções tanto positivas quanto negativas de maneira mais intensa que as pessoas menos tímidas. Essa maior sensibilidade emocional, tanto para emoções positivas quanto para negativas, em casos mais extremos, pode vir a resultar em uma condição psicopatológica conhecida como fobia social, na qual o sujeito passa a generalizar acontecimentos negativos para todas as interações futuras que possa vir a ter, evitando-as a todo custo. Essa reclusão traz sofrimento e medo, dificultando e restringindo vida diária. Ainda num continuum de evolução de um comportamento de reclusão social, existe o transtorno de personalidade evitativa, na qual a pessoa além de sentir-se extremamente inibida a interagir com os outros, costuma apresentar níveis de auto estima muito baixos e medo de ser visto e julgado de maneira negativa nas mais diversas situações, até em momentos dos mais triviais. O transtorno de personalidade evitativa guarda muita semelhança com a fobia social. A principal diferença é que nota-se um padrão difuso e duradouro de evitação social, embora, vale a pena salientar, as diferenças são muito sutis e devem ser observadas e avaliadas de perto, conforme cada caso. Como lidar com a introversão, timidez e seus modos patológicos? Uma forma que tem se mostrado bastante eficaz de maneira sólida e consistente é por meio do treino das habilidades sociais, consistindo em, gradativamente diminuir o desconforto em começar, manter e terminar conversas, expressar o que está sentindo, saber dar e receber elogios e críticas, entre outras coisas envolvidas no momento de estar em contato com outras pessoas. As habilidades sociais podem ser inclusive melhoradas por meio de psicoterapia, onde a relação com o próprio psicoterapeuta será uma experiência válida e acolhedora para exercitar o desenvolvimento de tais recursos, diminuindo o sofrimento. A medida que o indivíduo for sentindo-se mais satisfeito com suas interações sociais, mais natural e orgânico se torna o movimento dialético do que diariamente temos como – a convivência.
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