Pavio curto? Isso pode ser sintoma de TEI
Você tem Síndrome do Pavio Curto? Saiba o que é o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)
O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI) é um transtorno mental já reconhecido no Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais (DSM) e tem como característica principal a incapacidade de controlar impulsos agressivos, levando a comportamentos de agressão física e/ou verbal desproporcionais ao contexto vivenciado. TEI é um diagnóstico que pode afetar desde a infância e adolescência, e cerca de 3% da população brasileira apresenta este diagnóstico. Em um levantamento na Faculdade de Medicina na USP, TEI se apresenta como o mais prevalente entre os transtornos do impulso. Embora seja confundido com outros Transtornos Mentais que também podem apresentar comportamentos agressivos, este quadro tem suas peculiaridades que serão pontuadas neste texto.
As agressões geradas por quem tem TEI, ocorrem de forma não premeditada e elas não tem uma intenção especifica de atingir um objeto tangível (como, por exemplo, poder, intimidação), diferente de diagnósticos como Transtorno de Bipolar e Conduta Antissocial, por exemplo. A desproporcionalidade dos ataques agressivos ocorre porque a pessoa com TEI interpreta os fatos de uma forma negativa e extrema. Ou seja, estas pessoas podem facilmente se sentirem atacadas diante de uma reunião social, quando na verdade não houve nenhum tipo de provocação pessoal.
As agressões no TEI podem ser classificadas por dois tipos:
Leves
Quando ocorrem ameaças, xingamentos, gestos obscenos, agressões físicas sem lesões corporais. Estas devem ocorrer em uma frequência de, pelo menos, duas vezes na semana, considerando um período mínimo de três meses
Severas
Quando ocorrem agressões que ocasionam lesões corporais, destruições de patrimônio/propriedade e que tenham ocorrido pelo menos três episódios dentro de um ano.
Após as agressões, a pessoa é carregada de sentimento de arrependimento, vergonha ou culpa pelo que fez. Por conta dos comportamentos agressivos, algumas vezes sérios, a pessoa pode ter problemas de relacionamento na família, no trabalho e até mesmo com desconhecidos, como no trânsito ou em locais de atendimentos ao cliente. Além disso, o diagnóstico de TEI também está associado a um sofrimento psicológico, dificuldades na funcionalidade no setor profissional e problemas monetários e jurídicos.
A literatura e especialistas têm apontado que não existe cura para este quadro. Entretanto, até o momento, o tratamento psicológico tem apresentado os melhores resultados para os pacientes com TEI, uma vez que, no processo psicoterápico, são ensinadas ferramentas para que a pessoa aprenda a gerenciar o sentimento de raiva e saiba externar corretamente suas emoções. Dessa forma, a pessoa com TEI passa a se comunicar de forma assertiva, sem afetar as relações.
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Psicóloga, Neuropsicóloga e Analista do Comportamento
A escolha pela Psicologia se deu por uma identificação muito forte com duas ferramentas essenciais desta profissão: a escuta e empatia pelo outro. Poder trabalhar com estas ferramentas hoje é de grande satisfação para mim.
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