Orientação Parental como Processo Terapêutico
A orientação de familiares das crianças e adolescentes é um tipo de processo psicoterapêutico que tem três objetivos principais:
- Identificar a função do comportamento da criança (evitar frustrações, obter ganhos, busca de atenção e cuidado);
- Analisar o comportamento dos pais frente aos comportamentos da criança (punição, permissividade);
- Realizar a orientação parental propriamente dita.
A seguir, vamos discutir as principais estratégias da Orientação Parental:
- Cultivar momentos positivos entre as crianças e seus pais é a base de qualquer intervenção, pois são nesses momentos que o vínculo entre eles é fortalecido. E qual é o principal momento positivo de uma criança: o brincar! Os pais devem se esforçar para brincar por alguns minutos do dia com seus filhos, mesmo que por curtos períodos.
- Estimular a conversação entre pais e filhos: a comunicação clara entre adultos e crianças é essencial. Desde uma conversa simples sobre como foi seu dia até o momento de estabelecer limites. Essa comunicação pode ser facilitada quando usamos frases curtas, com palavras do vocabulário da criança, e colocando-nos na altura dela. É sempre importante ser gentil e firme, expressando de maneira clara seus desejos e motivações.
- Ensinar aos pais a reforçar os comportamentos adequados de seus filhos, ou seja, notar, elogiar e expressar sentimentos positivos quando seus filhos fazem algo da maneira apropriada, que os pais aprovem e querem perpetuar (ex: brincar tranquilamente).
- Eliminar comportamentos punitivos e permissivos que alimentam ciclos de comportamentos ‘problemas’.
- Orientar aos pais como estabelecer limites de maneira clara e coerente, envolvendo a criança na construção desses limites e nas consequências caso essas regras sejam quebradas.
Se precisa de ajuda ou está com dúvidas, não deixe de se consultar com profissionais que podem te ajudar.