A Neuropsicologia trouxe muitos esclarecimentos sobre o funcionamento do cérebro, a partir do estudo de indivíduos considerados “normais”. Diferenciá-los, uma vez que o conceito de normalidade é relativo, em si só já é um desafio. Para isso, foram realizados diversos estudos populacionais com participantes de diferentes faixas etárias e escolaridades, com ou sem lesão cerebral ou síndromes genéticas, para então se criar um modelo comparativo , determinando o que se espera de um indivíduo com determinada idade e escolaridade, em determinado contexto sociocultural.

Observou-se, por exemplo, que uma criança que não tenha falado até completar um ano de idade está dentro do esperado para seu desenvolvimento neuropsicomotor; o que já não é esperado para uma criança com dois anos. A partir de então, investiga-se os diversos fatores que podem influenciar na aquisição da linguagem. Esta criança foi devidamente estimulada? Como é sua saúde física? Qual o idioma utilizado pelos pais? Há mais de um idioma usado para conversar com a criança? O mesmo ocorre nas demais etapas de desenvolvimento, e é por isso que cada informação é imprescindível ao se traçar o perfil de um indivíduo.

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