O que você sabe sobre cocaína?
A cocaína é uma molécula extraída das folhas de um arbusto chamado cientificamente de Erythroxylum coca, conhecida popularmente por coca e nativa da região dos Andes.
Desse modo, os maiores produtores mundiais da cocaína são Colômbia, Peru e Bolívia. Os estudos mostram que no Brasil quase 4% das pessoas experimentarão cocaína pelo menos uma vez na vida.
A cocaína pode receber diversos nomes populares: pó, coca, branco, farinha, giz, arroz, açúcar, brilho, branquinha. É muito frequente que a droga vendida contenha outras substâncias misturadas, como anestésicos locais, cafeína em pó, alguns analgésicos banidos do mercado pelo risco de causarem câncer de rins e bexiga, amido ou bicarbonato de sódio.
Seu uso pode ser realizado cheirando ou diluindo e injetando diretamente na veia. Ao atingir o sistema nervoso, trata-se de uma substância fortemente estimulante. Por isso, a pessoa costuma se sentir com muita energia, com prazer e euforia, falando bastante, sem sono e sem apetite. Há também um aumento da autoestima, do desejo sexual e da agressividade.
Contudo, algumas pessoas podem apresentar alguns sintomas psicóticos, sentir medo ou ter a impressão de sofrerem alguma perseguição. Além de atuar no sistema nervoso, a cocaína também age em outras partes do organismo, por exemplo, elevando a temperatura do corpo, aumentando a frequência cardíaca e da respiração.
Quando cheirada, esses efeitos começam em alguns minutos e, se injetada, em alguns segundos. Tais efeitos duram aproximadamente 30 a 60 minutos. Os efeitos psíquicos, principalmente o aumento da autoconfiança e da agressividade, podem facilitar que a pessoa se envolva em brigas e tenha atos violentos.
Já a ação no organismo pode trazer riscos imediatos, como elevar muito a pressão ou a temperatura, causar convulsões, acidentes vasculares cerebrais (“derrame”), infarto ou até mesmo parada cardiorrespiratória.
Após esse período, é comum o sujeito se sentir sem energia, triste, desanimado, apático e cansado, como se estivesse deprimido. Entre as consequências crônicas há o risco de dependência, sendo que o organismo desenvolve tolerância à cocaína, ou seja, os efeitos diminuem com a mesma quantidade sendo utilizada.
Desse modo, é comum a pessoa aumentar a quantidade utilizada, ter dificuldade em controlar o quanto usa, não conseguir parar de usar, se expor a situações de risco para obter a droga, se isolar, restringir atividades e ter uma rotina voltada para o uso da cocaína.
O uso cheirado pode lesar o nariz, causando sangramentos, feridas e infecções. Já no caso injetável, pode desenvolver infecções no local da aplicação, além do risco de contrair vírus, como o HIV, pelo compartilhamento de agulhas.
Se você está enfrentando dificuldades com uso de cocaína, procure por ajuda. Se fez uso e passou mal, não deixe de procurar o hospital e informar o médico sobre tudo que fez uso.
É importante saber também que o uso concomitante de cocaína e álcool aumenta os riscos de toxicidade, risco de lesão ao fígado e de morte súbita. Ademais, a mistura de cocaína com descongestionantes nasais ou medicações para pressão pode ter efeitos graves sobre sua pressão e batimentos cardíacos.