O que são Funções Executivas?
Podemos definir as funções executivas como um conjunto de habilidades e capacidades que nos permite executar as ações necessárias para atingir um objetivo. Para atingirmos um objetivo precisamos passar por uma série de etapas, como identificar a metas, planejar as ações e comportamentos, executar tudo que foi organizado e monitorar como nosso desempenho tem sido. Todas essas etapas descritas fazem parte das chamadas funções executivas.
É por meio das Funções Executivas que organizamos nossos pensamentos, trabalho, ambiente físico, entre outros, e para realizarmos essa organização precisamos levar em conta as experiências e conhecimentos armazenados em nossa memória, pois é através deles que conseguimos prever consequências e monitorar nossos comportamentos. São as funções executivas que possibilitam que as normas sociais seja respeitadas, através da adequação do nosso padrão comportamental para um determinado contexto ou situação. As funções executivas possibilitam nossa interação com o mundo!
É através delas que conseguimos estabelecer estratégias comportamentais e dirigir nossas ações de forma objetiva, e flexível, afinal de contas imprevisto acontecem e necessitamos mudar o curso dos nossos pensamentos ou ações para atingirmos a meta planejada.
As neurociências afirmam que o “lar” das funções executivas é o Cortex pré-frontal, parte cerebral existe apenas nos seres humanos. Sendo estas funções então caracterizadas como capacidade e planejamento, organização, automonitoramento, flexibilidade mental, controle inibitório entre outros, indivíduos com lesão no cortex pré frontal ou com algum transtorno neurológico ou psiquiátrico, como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, podem apresentar uma série de problemas que caracterizam as chamadas “disfunções executivas”. Pessoas com alteração no cortex pré frontal podem, por exemplo, ter dificuldade nas tomadas de decisão ou inciativa, dificuldade em eleger prioridades, em reconhecer consequências ou os riscos envolvidos em determinados comportamentos, podem apresentar dificuldade em perceber e avaliar os próprios erros, ser impulsivos, ser incapazes de inibir comportamentos inadequados ou flexibilizar a sua conduta, tendendo a perseverar em ações ou pensamentos mesmo que se mostrem ineficientes.
É interessante pontuar que muitos desse comportamento estão presente em crianças e adolescentes, isso se dá devido ao fato de o amadurecimento do cortex pré frontal se prolongar até o final da adolescência, por isso os jovenzinhos tendem a falar o que pensam, têm dificuldade em medir as consequências das suas ações, em auto monitorar os próprios comportamentos e frequentemente precisam de auxílio para se organizarem e planejarem o dia a dia. Esse comportamento portanto são esperados para crianças e adolescentes, porém alteração gritantes merecem a avaliação profissional, afinal podemos estar diante de uma alteração do funcionamento do cortex pré frontal.