O que é uma doença desmielinizante?

Os neurônios são as células mais conhecidas do sistema nervoso e constituem cerca de 10% dele. Elas são responsáveis por transmitir informações de forma rápida, seja da periferia para o cérebro, como a sensação de dor, ou do cérebro para periferia, como o comando do movimento.
O axônio é a parte do neurônio que conduz os impulsos elétricos, gerando assim, a transmissão da informação. Ele é revestido por uma estrutura de gordura chamada bainha de mielina, que tem como principal função a proteção desse axônio e a aceleração desse impulso elétrico.
Quando a bainha de mielina é danificada por alguma doença, o axônio fica desprotegido com chances de ser danificado e os impulsos elétricos, que transmitem as informações, ficam mais lentos ou incapazes de realizar sua função. Em alguns casos a bainha de mielina é restaurada de forma espontânea e a função das células nervosas é restabelecida. Contudo, quando a bainha é gravemente afetada, as fibras nervosas
podem ficar lesionadas permanentemente, causando até morte celular, são estes casos em que há a lesão desmienilizante.
O dano que ocorra na bainha de mielina ocorre, principalmente, por conta de um processo inflamatório local, sendo um reflexo do próprio sistema imunológico (responsável por defender nosso corpo de ameaças). Ainda hoje não se sabe o motivo pelo qual o sistema imunológico é ativado, embora existem várias pesquisas a respeito.
Dentre os sintomas que surgem neste tipo de quadro estão:

• visão dupla ou tontura
• formigamento na face ou no corpo
• sonolência ou confusão mental
• redução da visão
• perda de urina não percebida
• desequilíbrio
  Os sintomas podem surgir de forma aguda ou rápida atingindo um pico de intensidade
  em dias ou semanas, com chances de melhora em seguida que pode ser total ou
  parcial dependendo do quadro.

Referência: NUNES, Magda Lahorge; DA COSTA, Jaderson Costa; SOUZA, Draiton Gonzaga.
Entendendo o funcionamento do cérebro ao longo da vida. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2021.
211 p.

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Dr. Lucas Silveira

Psicólogo, neuropsicólogo

Meu interesse em Psicologia nasce da minha curiosidade em compreender o comportamento humano e na habilidade e potencialidade que esta profissão oferece de uma escuta diferenciada.

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