O que é o TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, também conhecido como TDAH é caracterizado pelos sintomas centrais de desatenção, hiperatividade e impulsividade. É possível que uma pessoa que tenha esse transtorno tenha apenas sintomatologia desatenta, ou apenas sintomatologia hiperativa/impulsiva, ou ambos. Entretanto, é importante pontuar que esses sintomas devem ser acompanhados de uma expressão que afeta a inserção social, a qualidade de vida, os aspectos cognitivos e o desempenho emocional e comportamental do indivíduo.
Sintomas como dificuldade em manter atenção em tarefas acadêmicas ou lúdicas, dificuldade em organizar tarefas, mau gerenciamento do tempo, fácil distração por estímulos externos, esquecimentos, entre outros são sintomas característicos do TDAH. Porém para se ter certeza de tal diagnóstico é necessária uma avaliação cuidadosa de cada sintoma, e não apenas listá-los. Por isso a consulta a médico psiquiatra ou neurologista, bem como a avaliação neuropsicológica são indispensáveis para identificar o quadro.
Como muito se tem falado sobre o TDAH nos meios de comunicação é natural que as pessoas se questionem se possuem ou não tal diagnóstico por identificarem sintomas no seu dia a dia.
Entretanto alguns sintomas do TDAH também estão presentes em outros quadros neurológicos ou psiquiátricos, assim como alteração atencional também pode ser consequência de dificuldades no processamento cognitivo ou afetivo do indivíduo, ou seja, a atenção é afetada por outros processos psíquicos.
Por fim, vale a pena pontuar que o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade é um transtorno do neurodesenvolvimento, ou seja, está presente desde a infância, não sendo possível desenvolver o quadro depois de adulto; e necessariamente afeta a qualidade de vida da pessoa. Por isso, caso perceba sintomas que se pareçam com os de TDAH em crianças ou adultos é importante procurar ajuda profissional, não apenas para diagnóstico, mas para tratamento e orientação.

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Doutora Maíra Babo

A psicologia começou fazer sentido para mim desde a adolescência quando percebi que corpo e mente estão em constante comunicação e se influenciando mutuamente. Desde muito cedo soube o caminho profissional que seguiria: psicologia em interface com o corpo, por isso a escolha da universidade foi criteriosa.

Após concluir a graduação pela Universidade Federal de São Paulo, iniciei meus estudos e práticas clínicas como psicóloga no Programa de Atendimento e Estudos da Somatização do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP, onde pude praticar o atendimento psicológico a questões envolvendo corpo e mente.
Essa interface me suscitou cada vez mais curiosidade e após muito estudo da psicologia analítica, resolvi buscar algo mais voltado para o funcionamento neurológico, e foi quando iniciei minha formação em neuropsicologia – minha paixão profissional – pela Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da USP.

Em conjunto com essa formação participei de projetos de pesquisa e atendimento neuropsicológico a pessoas portadoras do vírus da Hepatite C no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, e em seguida a crianças e pessoas vítimas de traumatismo cranioencefálico no Instituto Central do Hospital das Clínicas da USP.

Após o vislumbre da reabilitação neuropsicológica em tais experiências profissionais, busquei a formação em Reabilitação Neuropsicológica pela Divisão de Neurologia do Hospital das Clínicas da USP.
A fim de melhorar meu atendimento neuropsicológico e psicológico, especialmente a crianças e adolescentes, realizei curso de Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psiquiatria da USP, e cursos voltados ao aprofundamento da prática clínica tanto pautados na psicologia analítica como na terapia cognitivo comportamental.

Por isso minha prática clínica é pautada no profissionalismo e no respeito ao ser humano que está diante de mim, sempre levando em consideração suas inúmeras dimensões de existência.

maira@mancinipsiquiatria.com.br