O papel dos exames complementares na Psiquiatria

No texto anterior, citei a importância dos exames num tratamento psiquiátrico, tanto dos exames já realizados anteriormente em consultas com outros médicos, quanto dos exames que o seu psiquiatra venha a solicitar. Mas quais seriam eles e qual a sua importância? Em primeiro lugar, os exames servem para avaliar o seu estado de saúde geral, como a presença de diabetes, problemas com o colesterol, disfunções hepáticas e renais, já que alguns medicamentos comumente usados pelos psiquiatras, por mais seguros que sejam, podem algumas vezes interferir nesses aspectos. De particular importância, o psiquiatra irá se interessar pela saúde da sua glândula tireoide, já que a sua desregulação pode causar sintomas que imitam os da depressão, ansiedade, demência de Alzheimer, psicose e até da mania bipolar. Além disso, existem algumas medicações cujas concentrações no sangue podem ser dosadas, como é o caso do lítio, por exemplo. A dosagem de lítio no sangue (conhecida como litemia) é essencial para sabermos se a dose prescrita está atingindo níveis considerados terapêuticos no organismo da pessoa e também para assegurar que o medicamento não esteja num nível alto e tóxico. Exames de imagem da cabeça (tomografia ou ressonância magnética) são úteis para excluir causas orgânicas de psicose e de transtornos de humor (tumores, infecções, doenças autoimunes acometendo o sistema nervoso central) e para fazer uma avaliação quanto aos possíveis diagnósticos diferenciais dos diversos tipos de demência. O eletrocardiograma, por sua vez, pode ser necessário quando se prescreve alguns antidepressivos com potencial de alterar o funcionamento cardíaco. Um bom psiquiatra estará preocupado em avaliar a sua saúde como um todo, porque, afinal, é impossível alcançar um bom estado de saúde mental sem levar em conta a saúde do corpo – e vice-versa!

No texto anterior, citei a importância dos exames num tratamento psiquiátrico, tanto dos exames já realizados anteriormente em consultas com outros médicos, quanto dos exames que o seu psiquiatra venha a solicitar. Mas quais seriam eles e qual a sua importância? Em primeiro lugar, os exames servem para avaliar o seu estado de saúde geral, como a presença de diabetes, problemas com o colesterol, disfunções hepáticas e renais, já que alguns medicamentos comumente usados pelos psiquiatras, por mais seguros que sejam, podem algumas vezes interferir nesses aspectos. De particular importância, o psiquiatra irá se interessar pela saúde da sua glândula tireoide, já que a sua desregulação pode causar sintomas que imitam os da depressão, ansiedade, demência de Alzheimer, psicose e até da mania bipolar. Além disso, existem algumas medicações cujas concentrações no sangue podem ser dosadas, como é o caso do lítio, por exemplo. A dosagem de lítio no sangue (conhecida como litemia) é essencial para sabermos se a dose prescrita está atingindo níveis considerados terapêuticos no organismo da pessoa e também para assegurar que o medicamento não esteja num nível alto e tóxico. Exames de imagem da cabeça (tomografia ou ressonância magnética) são úteis para excluir causas orgânicas de psicose e de transtornos de humor (tumores, infecções, doenças autoimunes acometendo o sistema nervoso central) e para fazer uma avaliação quanto aos possíveis diagnósticos diferenciais dos diversos tipos de demência. O eletrocardiograma, por sua vez, pode ser necessário quando se prescreve alguns antidepressivos com potencial de alterar o funcionamento cardíaco. Um bom psiquiatra estará preocupado em avaliar a sua saúde como um todo, porque, afinal, é impossível alcançar um bom estado de saúde mental sem levar em conta a saúde do corpo – e vice-versa!