O Papel da Psicoeducação no Tratamento do Transtorno Bipolar
No Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), que é caracterizado por mudanças de humor que variam entre episódios de mania/hipomania e depressão, o tratamento tem como principais objetivos aliviar os sintomas e prevenir novas crises. Embora a medicação seja fundamental e forme a base principal do tratamento, intervenções psicossociais complementares, como a psicoeducação, também são muito eficazes. A psicoeducação, em particular, se destaca como uma ferramenta importante. Essa intervenção pode ser integrada à terapia ou oferecida separadamente, e seu principal objetivo é ajudar o paciente a entender melhor sua condição.
Tópicos importantes a serem trabalhados na psicoeducação incluem:
- Conscientização sobre o transtorno: Promover o entendimento sobre o Transtorno Bipolar.
- Detecção precoce de sintomas de alerta: Ensinar o paciente a identificar sinais iniciais de episódios maníacos ou depressivos.
- Adesão ao tratamento: Incentivar o comprometimento com a medicação e outras formas de tratamento.
- Controle do estresse: Desenvolver habilidades para lidar com situações estressantes.
- Evitação do uso e abuso de substâncias: Educar sobre os riscos do uso de álcool e drogas no contexto do Transtorno Bipolar.
- Atingimento da regularidade no estilo de vida: Promover hábitos de vida saudáveis e consistentes.
- Prevenção do comportamento suicida: Identificar fatores de risco e implementar estratégias de prevenção.
Referência: Como lidar com o transtorno afetivo bipolar/ organização Adriana Carneiro, Fernando Fernandes. – 1. ed. São Paulo: Hogrefe, 2023
Psicóloga, Neuropsicóloga e Terapeuta Cognitivo-Comportamental
Iniciei minha trajetória na Psicologia em busca de uma compreensão mais abrangente sobre o funcionamento humano. Durante a graduação, meu interesse pelas matérias “neurológicas” me levou a iniciar estágios em neuropsicologia e atuar como monitora de aplicação de testes neuropsicológicos. Após concluir a graduação, ingressei no aprimoramento em neuropsicologia no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (IPq-HC-FMUSP), onde pude expandir minha experiência em psicopatologia e avaliações neuropsicológicas.
No IPq-HC-FMUSP, realizei avaliações cognitivas e de personalidade de indivíduos com uma ampla variedade de patologias neurológicas e psiquiátricas, tanto em pacientes internados quanto ambulatoriais. Além disso, aproximei-me da abordagem cognitivo-comportamental, o que me motivou a buscar uma formação específica nessa área. Também tive a oportunidade de me envolver em pesquisas sobre transtornos do humor, nas quais continuo atuando como voluntária.
Artigos recentes
Mancini Psiquiatria
