Mitos sobre o Psicólogo
Embora atualmente se fale mais sobre saúde emocional e haja maior
consciência do quanto os sentimentos interferem na saúde física, ainda há
muito estigma relacionado ao atendimento psicológico. Assim como fantasias
importantes que envolvem o psicólogo como personagem, bem como suas
práticas.
Abordaremos alguns mitos sobre o psicólogo, com o objetivo de promover
reflexão e a desconstrução de ideias que não condizem com esse profissional.
1- Psicólogos só ouvem: É fato que a escuta qualificada é um dos
principais instrumentos do psicólogo em um processo terapêutico, mas
“nem se só de escuta se faz terapia”. O psicólogo tem autonomia para
apoiar-se em técnicas, que promovam ao paciente acolhimento,
encaminhamento, diálogo, orientação, longe da necessidade de ficar em
silêncio diante do conteúdo que lhe é trazido.
2- O psicólogo vai ter dizer o que fazer: O psicólogo é o profissional que vai auxiliar o paciente a ampliar suas perspectivas, refletir acerca de aspectos diferentes, se aprofundar em temáticas dolorosas e auxiliar
para que ele mesmo, encontre respostas. Um bom profissional não dará conselhos, ou dirá o que o paciente deve fazer.
3- Psicólogo é para “maluco”: Infelizmente esse ainda é um estigma frequente em nossa sociedade. Porém, esse termo está longe de ser compatível com qualquer pessoa acometida doença mental, tratando-se apenas de uma referência preconceituosa e antiquada. Psicólogo é sim o profissional que pode atuar com pessoas acometidas por patologias como depressão, transtorno de ansiedade ou personalidade. Pessoas que tem um conjunto de sintomas compatível com um diagnóstico e que
necessitam de acompanhamento. Entretanto, o psicólogo é o profissional indicado para lidar tecnicamente com qualquer condição de sofrimento. Ele vai auxiliar no manejo das emoções e na necessidade de cuidado dos afetos, quer seja motivado por um diagnóstico, por uma situação de estresse profissional, conflito no relacionamento ou luto, por exemplo.
Compreender mais o comportamento humano e poder contribuir de alguma maneira na qualidade de vida das pessoas, sempre me gerou curiosidade e interesse. Por isto, desde muito cedo me apaixonei pela Psicologia.
Ainda na graduação de psicologia conduzi meus olhares para área de saúde mental e participei da equipe de doenças neurodegenerativas na UNIFESP, onde tive meus primeiros contatos com a Neuropsicologia.
Iniciei minhas especializações pela Psicopatologia e Dependência Química. Essa experiência me trouxe o desejo de aprofundar ainda mais meus conhecimentos na relação entre neurociência e a saúde mental. Por isto, escolhi o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP para consolidar minha atuação clínica.
No Instituto atuei como Psicoterapeuta abordando temas relacionados a masculinidade e feminilidade no Gender Group. Também estive como colaboradora no Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Álcool e Drogas (GREA), o que contribuiu para ampliar e fortalecer meu repertório sobre dependência química.
Retomei o contato com a Neuropsicologia, área promissora que estabelece relação entre o funcionamento cerebral e o comportamento humano, na qual possuo título de especialista.
Além de realizar diversas avaliações neuropsicológicas e de personalidade em áreas como a Psiquiatria, Neurologia, pude também me capacitar e atuar no contexto jurídico através do Núcleo Forense do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (NUFOR).
Construí minha carreira de maneira sólida, com atualizações profundas e constantes. Mesmo assim, entendo que meu trabalho baseia-se no pressuposto de que teoria nenhuma abarca a complexidade da alma humana.
Empatia e escuta individualizada são exercícios constantes; eixos para um atendimento mais humano e personalizado.
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