Mitos e Verdades sobre a Medicação Psiquiátrica – Parte 4
Continuando as discussões sobre o uso de medicamentos em psiquiatria, o tema de hoje será: como lidar com os efeitos colaterais das medicações?
Sabe-se que a presença de efeitos colaterais é um dos aspectos mais importantes na adesão ao tratamento. Muitas pessoas abandonam o tratamento incompleto em decorrência de efeitos indesejados das medicações.
Primeiro, é importante saber que qualquer medicação, seja usada em psiquiatria ou não, pode ter efeitos colaterais. Todavia, apenas algumas pessoas os desenvolverão.
Para se certificar de que aquilo que você está sentindo de fato é um efeito indesejado da medicação, é fundamental entrar em contato com o médico que lhe prescreveu. Então, certifique-se de ter uma forma de acessá-lo para esclarecer as dúvidas que surgirem.
Confirmando que se trata de um efeito colateral, deverá ser conversado com o psiquiatra qual estratégia será utilizada. Muitos dos efeitos colaterais se apresentam no início do tratamento ou quando a dose é aumentada, e tendem a ser passageiros.
Seu médico poderá lhe informar se o que você está sentindo é passageiro de fato ou não. Obtendo a confirmação do que se trata, é possível aguardar algum tempo até o organismo se adaptar.
Contudo, caso se trate de um efeito colateral intenso ou intolerável, pode-se tentar algumas estratégias, tais como reduzir a dose da medicação, implementar alguma estratégia (como modificações na dieta, modificações no horário da tomada da medicação) ou utilizar uma medicação para aliviar (por exemplo, enjoo ou dor de cabeça).
Isso sempre deverá ser feito com orientação do seu médico, nunca se medique sozinho nem altere as doses das medicações por conta própria.Caso o efeito colateral se mantenha mesmo assim, o psiquiatra poderá avaliar a necessidade de troca da medicação.
Enfim, o modo mais seguro de se lidar os efeitos colaterais das medicações é através do médico que lhe prescreveu. Não modifique aas medicações por conta própria. Ter uma forma de acessá-lo para esclarecer as dúvidas é essencial.
1 Comment
LUCIENE MARIA DA SILVA
meu filho adolescente esta com uma depressão terrivel
e não quer ir ao medico