Mitos e Verdades da Síndrome de Down
Atualmente as pessoas com qualquer tipo de deficiência estão ocupando diferentes espaços sociais, incluindo desde a escola até o mercado de trabalho.
Este avanço é resultado dos esforços colocados em práticas verdadeiramente inclusivas que permitem que TODOS se beneficiem em ser relacionar com diferentes pessoas.
Para que possamos de fato incluir pessoas com deficiências em seus mais diferentes âmbitos sociais, faz-se necessário que as ações sejam baseadas em fatos e evidências ao invés de mitos e estereótipos sociais.
No mundo Inteiro, a incidência da Síndrome de Down é de aproximadamente 1 em cada 1.000 nascimentos. Mas afinal, como podemos defini-la?
Definição: A Síndrome de Down é uma alteração genética causada pela presença adicional de um cromossomo (estrutura do DNA) no par 21. As pessoas com desenvolvimento típico, ou dentro do esperado, possuem 46 cromossomos, sendo 23 herdados da mãe e 23 herdados pelo pai. Este cromossomo adicional provoca diferentes alterações no desenvolvimento. Vejamos abaixo dúvidas comuns sobre a Síndrome de Down:
1) A Síndrome de Down é uma doença?
Resposta: Não, a Síndrome de Down é uma alteração genética. Utilizar o termo “doença” provoca o estigma de que o sujeito com a Síndrome está “doente” ou indica percepção de “incapacidade”.
2) As pessoas com Síndrome de Down são mais afetuosas e carinhosas?
Resposta: Mito. Não há evidências científicas que as pessoas com Síndrome de Down sejam mais carinhosas. Elas possuem sentimentos e emoções desagradáveis como todas as demais pessoas, incluindo raiva, tristeza nojo e irritabilidade. Essa conclusão de que as pessoas com Síndrome de Down são mais “amorosas” pode ser melhor explicada graças a visão muitas vezes infantilizada da pessoa, especialmente nos casos de deficiência intelectual.
3) As pessoas com Síndrome de Down são mais sexuais?
Resposta: Mito. Não há evidências científicas que as pessoas com Síndrome de Down são mais sexuais. Contudo, alterações cognitivas são comuns, o que pode gerar em alguns casos dificuldade no controle dos impulsos – e ainda neste cenário, não seria correto dizer que um sujeito com dificuldade em controlar seus impulsos, necessariamente seria “mais sexual”. É importante considerar outras habilidades no intercâmbio social de uma pessoa, incluindo se ela encontra espaços adequados para expressão e prática segura de sua própria sexualidade. Afinal, todos merecem amar e serem amados.