MEDICAMENTOS MODERNOS SÃO MELHORES?
Não é incomum a ocorrência de pacientes que nos procuram e questionam sobre a existência de medicamentos mais modernos visando uma melhora mais ampla ou por simplesmente garantir que seu tratamento esteja conectado às mais recentes tecnologias.
A indústria farmacêutica costuma procurar encontrar desenvolver medicações com mecanismos inéditos ou tornar medicações com mecanismos mais específicos ou apenas procurar a redução de efeitos adversos. Ou seja, nem todo novo medicamento é necessariamente mais eficaz.
Algo similar aconteceu na psiquiatria quando na década de 80 começaram a ser comercializados os primeiros inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) que consequentemente diminuiu a procura pelos antidepressivos tricíclicos que já era bem eficazes mas também eram mais carregados de efeitos adversos.
O aumento do arsenal terapêutico amplia a individualização do tratamento. Porém não podemos deixar de considerar as medicações mais antigas, afinal um bom remédio nem sempre precisa ser substituído. Um exemplo claro disso é o ácido acetilsalicílico (ou AAS) que continua sendo usada até hoje e foi inicialmente comercializada em 1899.