“MASKING”
Em indivíduos autistas, tanto homens como mulheres, o termo “masking” (em português, mascarar ou camuflar), é um artifício usado com o objetivo da pessoas autista tentar esconder ou suprimir seus comportamentos naturais para diminuir suas características autistas, a fim de se encaixarem socialmente ou se adaptar a ambientes sociais específicos.
Trata-se de uma habilidade mais desenvolvida nas mulheres por apresentarem mais empatia e habilidades comunicativas.
Isso pode envolver a imitação de comportamentos considerados típicos da maioria das pessoas para evitar o estigma, o preconceito e a rejeição.
O masking pode se manifestar de diferentes maneiras e em diversos contextos:
- Imitação de comportamentos sociais: observar e imitar comportamentos sociais considerados “normais” para ser aceito em situações sociais, mesmo que esses comportamentos não se alinhem naturalmente com suas preferências.
- Supressão de estereotipias ou comportamentos repetitivos: algumas pessoas autistas exibem estereotipias ou comportamentos repetitivos. No entanto, em situações sociais, elas podem tentar suprimir esses comportamentos para se ajustarem às expectativas sociais.
- Mimetismo social: em ambientes sociais, a pessoa pode tentar imitar a linguagem corporal, expressões faciais e tons de voz para se integrar mais facilmente e parecer mais envolvido e conectado.
Embora possa ser um mecanismo de enfrentamento usado pelas pessoas com espectro autista, essa estratégia pode ser cansativa e estressante a longo prazo, contribuindo para fadiga mental e emocional devido ao esforço constante para se ajustar socialmente. Além disso, pode dificultar o autoconhecimento e até mesmo atrasar o diagnóstico, pois mascara os traços autistas dificultando o diagnóstico precoce e intervenções adequadas.