Mantendo a sanidade mental durante uma epidemia
Enquanto as notícias e os casos do COVID-19 estão se espalhando pelo mundo, é importante saber que a saúde mental também pode ser afetada.
As pessoas em geral passam a ficar mais hipervigilantes, ou seja, mais alarmadas e preocupadas com pessoas tossindo e locais onde encostam. Pode haver um grande medo de contaminação, e sintomas em reação ao estresse, como dores de cabeça, tensão muscular, alteração de sono e alimentação, dificuldade para se concentrar, tristeza, isolamento, raia, sensação de estar sobrecarregado.
Existem estudos apontando 3 estratégias principais para lidar com o impacto emocional de uma pandemia.
A primeira é a educação. É importante se informar em locais confiáveis (organizações de saúde como a OMS, o CDC, talvez o Ministério da Saúde) sobre a doença e as orientações de prevenção: saber como lavar as mãos, tossir com menos risco de contaminação, quando usar máscaras, e quando e SE procurar um hospital (é preferível ficar em casa, e ligar para um médico de confiança caso a febre passe de 4 dias e se apresente tosse ou dificuldade de respirar).
Em vários protocolos é recomendado se informar sobre pandemias apenas por imagens e gráficos, já que textos e notícias em vídeo tendem a ser sensacionalistas e pioram o medo.
A segunda estratégia trata da preparação para a pandemia, já que ter coisas preparadas ajuda a reduzir risco e medo.
Buscar rede de apoio, deixar combinado com amigos que possam fazer o mercado e deixar as compras na frente de casa caso sua residência precise de quarentena, se manter ocupado, buscar conforto com espiritualidade, conversar e dividir angústias. Garantir uma boa imunidade mantendo bom padrão de sono, alimentação e atividade física. Em caso de condição mental ou emocional preexistente, é possível e esperado que ela aumente; importante também verificar como poderá ser o atendimento e seguimento com seu profissional caso seja necessário.
A última estratégia é entender as reações comuns às pandemias. É possível haver mudanças de rotina, pessoas mais instáveis no contato. Tente lembrar que a pessoa pode estar tão assustada como você.
É importante relembrar que nós não controlamos tudo em nossas vidas. Mas há coisas que podem ser feitas para gerenciar o impacto emocional. Aprender técnicas de redução de estresse como meditação e respiração profunda pode ser bom para todos. Adultos podem ajudar as crianças a manter estrutura e rotina. Amigos fazem muita diferença para manter a humanidade. Caso haja pessoas em maior risco para questões emocionais, como casos potencialmente mais graves caso fiquem doentes (mais velhos), pessoas morando longe da família ou questões com saúde mental, busque conversar regularmente para fazer com que se sintam lembrados, seguros e acolhidos.