Ao longo da vida todos os indivíduos se defrontam com perdas significativas. Estas podem ser: a morte de um ente querido, a perda de um trabalho, o término de um relacionamento, o crescimento dos filhos, idealizações que não foram alcançadas, o envelhecimento, dentre outros. Todas essas perdas, principalmente a morte, nos colocam diante de nossa impotência e nos levam a enfrentar um processo de luto.
Para a psicanálise, quando dirigimos energia psíquica para um objeto e o perdemos, nos vemos frente à necessidade de elaborar e significar a perda, o que envolve tempo e pesar, exige a elaboração de fantasias conscientes e inconscientes.
Durante esse processo é natural que a pessoa fique mais introspectiva e voltada para o seu mundo interno, o externo torna-se desinteressante, “sem graça”, devido à separação do objeto amado. Como consequência, é notado um afastamento das atividades sociais e ausência de volição para afazeres rotineiros, que agora exigem muito esforço para a realização.
Lidar com a perda, obriga a se defrontar com a própria impotência e traz uma série de incertezas, a ausência do objeto amado leva a um misto de sentimentos conflituosos, podendo variar entre amor, raiva, culpa, solidão e desamparo.
Há uma grande exigência social para que o sofrimento seja evitado e as questões sejam resolvidas rapidamente, o que é resultado da dificuldade de suportar a própria angústia e lidar com a angústia do outro. As exigências do mundo moderno, onde tudo avança depressa, leva à falsa crença de que sentir, sofrer e pensar são perdas de tempo. Porém, vivenciar o luto é um caminho necessário.
É verdade que cada pessoa tem maneiras e intensidades diferentes de sentir e isso deve ser respeitado. No entanto, o sofrimento é uma das maiores fontes de autoconhecimento e amadurecimento, ele nos obriga a lidar com o que há de mais primitivo em nosso interior. Por isso, é necessário entrar em contato com o luto e com o que ele provoca, permitir-se entristecer, sentir e falar a respeito.
É esperado que, após uma perda significativa, a pessoa consiga retomar primeiro as atividades as quais é obrigada, o trabalho, por exemplo. O distanciamento e desinteresse por outras atividades sociais costuma permanecer por mais tempo e provavelmente só serão completamente retomados quando for possível ressignificar e elaborar a perda.
Entretanto, é importante distinguir um processo de luto normal e patológico. Muitas vezes, diante da perda, o indivíduo sente-se completamente paralisado e incapaz de retomar quaisquer atividades por um período de tempo prolongado. Nesses casos, o processo de luto evoluiu para um quadro depressivo e se faz necessário o uso de medicação.
Na atualidade, os rituais estão perdendo espaço, isso aumenta a dificuldade de simbolizar e ressignificar as etapas da vida. Ao enlutado, o rito tem importância fundamental no processo de elaboração, assim como é essencial uma rede social afetuosa e compreensiva, contar com apoio psicológico, quando possível, também pode ser de grande valia.
Referência Freud S. Luto e Melancolia (1917 [1915]). In: Sigmund Freud Obras Completas. Vol. 12. São Paulo. Companhia das Letras; 2010.
Ao longo da vida todos os indivíduos se defrontam com perdas significativas. Estas podem ser: a morte de um ente querido, a perda de um trabalho, o término de um relacionamento, o crescimento dos filhos, idealizações que não foram alcançadas, o envelhecimento, dentre outros. Todas essas perdas, principalmente a morte, nos colocam diante de nossa impotência e nos levam a enfrentar um processo de luto. Para a psicanálise, quando dirigimos energia psíquica para um objeto e o perdemos, nos vemos frente à necessidade de elaborar e significar a perda, o que envolve tempo e pesar, exige a elaboração de fantasias conscientes e inconscientes. Durante esse processo é natural que a pessoa fique mais introspectiva e voltada para o seu mundo interno, o externo torna-se desinteressante, “sem graça”, devido à separação do objeto amado. Como consequência, é notado um afastamento das atividades sociais e ausência de volição para afazeres rotineiros, que agora exigem muito esforço para a realização. Lidar com a perda, obriga a se defrontar com a própria impotência e traz uma série de incertezas, a ausência do objeto amado leva a um misto de sentimentos conflituosos, podendo variar entre amor, raiva, culpa, solidão e desamparo. Há uma grande exigência social para que o sofrimento seja evitado e as questões sejam resolvidas rapidamente, o que é resultado da dificuldade de suportar a própria angústia e lidar com a angústia do outro. As exigências do mundo moderno, onde tudo avança depressa, leva à falsa crença de que sentir, sofrer e pensar são perdas de tempo. Porém, vivenciar o luto é um caminho necessário. É verdade que cada pessoa tem maneiras e intensidades diferentes de sentir e isso deve ser respeitado. No entanto, o sofrimento é uma das maiores fontes de autoconhecimento e amadurecimento, ele nos obriga a lidar com o que há de mais primitivo em nosso interior. Por isso, é necessário entrar em contato com o luto e com o que ele provoca, permitir-se entristecer, sentir e falar a respeito. É esperado que, após uma perda significativa, a pessoa consiga retomar primeiro as atividades as quais é obrigada, o trabalho, por exemplo. O distanciamento e desinteresse por outras atividades sociais costuma permanecer por mais tempo e provavelmente só serão completamente retomados quando for possível ressignificar e elaborar a perda. Entretanto, é importante distinguir um processo de luto normal e patológico. Muitas vezes, diante da perda, o indivíduo sente-se completamente paralisado e incapaz de retomar quaisquer atividades por um período de tempo prolongado. Nesses casos, o processo de luto evoluiu para um quadro depressivo e se faz necessário o uso de medicação. Na atualidade, os rituais estão perdendo espaço, isso aumenta a dificuldade de simbolizar e ressignificar as etapas da vida. Ao enlutado, o rito tem importância fundamental no processo de elaboração, assim como é essencial uma rede social afetuosa e compreensiva, contar com apoio psicológico, quando possível, também pode ser de grande valia. Referência Freud S. Luto e Melancolia (1917 [1915]). In: Sigmund Freud Obras Completas. Vol. 12. São Paulo. Companhia das Letras; 2010.
Ao longo da vida todos os indivíduos se defrontam com perdas significativas. Estas podem ser: a morte de um ente querido, a perda de um trabalho, o término de um relacionamento, o crescimento dos filhos, idealizações que não foram alcançadas, o envelhecimento, dentre outros. Todas essas perdas, principalmente a morte, nos colocam diante de nossa impotência e nos levam a enfrentar um processo de luto. Para a psicanálise, quando dirigimos energia psíquica para um objeto e o perdemos, nos vemos frente à necessidade de elaborar e significar a perda, o que envolve tempo e pesar, exige a elaboração de fantasias conscientes e inconscientes. Durante esse processo é natural que a pessoa fique mais introspectiva e voltada para o seu mundo interno, o externo torna-se desinteressante, “sem graça”, devido à separação do objeto amado. Como consequência, é notado um afastamento das atividades sociais e ausência de volição para afazeres rotineiros, que agora exigem muito esforço para a realização. Lidar com a perda, obriga a se defrontar com a própria impotência e traz uma série de incertezas, a ausência do objeto amado leva a um misto de sentimentos conflituosos, podendo variar entre amor, raiva, culpa, solidão e desamparo. Há uma grande exigência social para que o sofrimento seja evitado e as questões sejam resolvidas rapidamente, o que é resultado da dificuldade de suportar a própria angústia e lidar com a angústia do outro. As exigências do mundo moderno, onde tudo avança depressa, leva à falsa crença de que sentir, sofrer e pensar são perdas de tempo. Porém, vivenciar o luto é um caminho necessário. É verdade que cada pessoa tem maneiras e intensidades diferentes de sentir e isso deve ser respeitado. No entanto, o sofrimento é uma das maiores fontes de autoconhecimento e amadurecimento, ele nos obriga a lidar com o que há de mais primitivo em nosso interior. Por isso, é necessário entrar em contato com o luto e com o que ele provoca, permitir-se entristecer, sentir e falar a respeito. É esperado que, após uma perda significativa, a pessoa consiga retomar primeiro as atividades as quais é obrigada, o trabalho, por exemplo. O distanciamento e desinteresse por outras atividades sociais costuma permanecer por mais tempo e provavelmente só serão completamente retomados quando for possível ressignificar e elaborar a perda. Entretanto, é importante distinguir um processo de luto normal e patológico. Muitas vezes, diante da perda, o indivíduo sente-se completamente paralisado e incapaz de retomar quaisquer atividades por um período de tempo prolongado. Nesses casos, o processo de luto evoluiu para um quadro depressivo e se faz necessário o uso de medicação. Na atualidade, os rituais estão perdendo espaço, isso aumenta a dificuldade de simbolizar e ressignificar as etapas da vida. Ao enlutado, o rito tem importância fundamental no processo de elaboração, assim como é essencial uma rede social afetuosa e compreensiva, contar com apoio psicológico, quando possível, também pode ser de grande valia. Referência Freud S. Luto e Melancolia (1917 [1915]). In: Sigmund Freud Obras Completas. Vol. 12. São Paulo. Companhia das Letras; 2010.
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1 Comment
Anete Mancini
Muito Bom!