Limites. Você respeita os seus?
Já parou para pensar no nível de superação de um atleta de alta performance? Ou de um
alpinista que escala o Everest? Os limites físicos deles são constantemente postos a prova e
superados, o que gera intensa dor física, necessidade de acompanhamento profissional, além
de outras consequências, em nome do exercício de suas atividades. Mas quando se tratam dos
nossos limites emocionais, as consequências são menos concretas, mas ainda sim muito
arriscadas.
Limites são barreiras que definem até onde você pode chegar e em se tratando do limite
emocional, ele aponta o quanto de carga afetiva você pode suportar. Ou seja, até onde você
consegue submeter-se, sem violar seus princípios e valores. O espaço entre você e o seu limite,
determina o quanto de pressão emocional é suportável e a partir de onde sua saúde mental
corre risco.
Frequentemente não consideramos nossos limites emocionais por estarmos envolvidos em um
relacionamento, para permanecer em um emprego ou alcançar um objetivo que esteja
exigindo muito de nós. Claro que a ideia não é viver na tal “zona de conforto”, sem aceitar que
nem tudo é como a gente gostaria, mas muitas vezes somos negligentes no nosso
autocuidado, nos permitimos passar por intenso sofrimento, em função ultrapassarmos limites
que deveriam ser conhecidos e respeitados.
Saber o que te machuca e o quanto é suportável submeter-se a isso, é essencial para uma vida
saudável. Tenha sempre clareza de que “preços emocionais” você está disposto a pagar em
nome de uma situação ou pessoa, e não assuma “dívidas” que custem sua saúde mental. Se
esse exercício estiver difícil sozinho, procure ajuda de um profissional capacitado.