Lidando com perdas
Após toda e qualquer perda, passamos por um processo de luto para a elaboração da vivência, que pode se manifestar de diferentes formas para cada sujeito. A perda pode ser de um ente querido, de um animal de estimação ou por conta de mudanças inerentes às etapas da vida.
Ao longo da vida, passamos por inúmeras “mortes”, como a morte da infância para a adolescência e desta para a vida adulta, a saída dos filhos de casa ou o rompimento de um namoro ou casamento.
É também verdade que, para o nascimento de cada nova etapa e de cada novo relacionamento, tais perdas são necessárias. É como num processo de reciclagem em que o novo só ganha espaço com a morte do velho.
Fases do luto
Quando diante da morte de um ente querido, o sujeito passa por um momento de negação, isto é, como uma defesa psíquica, ele nega ou desacredita do ocorrido, tentando criar uma falsa realidade de que “está tudo bem”.
Esta etapa é logo substituída pela raiva, em que o indivíduo ora busca culpados pelo ocorrido, ora se vitimiza com pensamentos de “por que eu?”. E é então que, consciente da perda, o sujeito entra em um quadro de depressão, caracterizado por tristeza intensa e falta de perspectiva, como se o mundo perdesse seu colorido.
Em seguida, a tristeza vai perdendo lugar para a barganha, na qual o paciente busca negociar para a recuperação do objeto perdido. Por fim, o sujeito entende e aceita que o que foi perdido não poderá ser resgatado e descobre ser possível viver apesar do ocorrido.
O luto é um trabalho árduo e importante, que envolve uma aproximação do objeto perdido por meio de fotos ou lembranças para que então seja possível se afastar do mesmo para seguir em frente.
Muitas vezes, a busca por auxílio profissional se faz necessária. Há diversas abordagens teórico-práticas capazes de trabalhar a elaboração do luto, desde a terapia ao tratamento medicamentoso.
Assista ao vídeo abaixo, que traz de maneira bastante didática as 5 fases do luto descritas acima.