Intervenções cognitivas no portador de Doença de Alzheimer
As intervenções cognitivas incluem estratégias voltadas para o funcionamento cognitivo do indivíduo. As intervenções propostas podem variar conforme o estágio da doença, sendo principalmente importantes nos estágios iniciais.
O foco das estratégias não deve ser somente intervenções para melhorar uma habilidade cognitiva específica que estava deficitária, mas deve sobretudo auxiliar no funcionamento diário do indivíduo, reconhecendo quais pontos fortes estão presentes e como eles podem compensar os aspectos mais deficitários.
Uma das estratégias utilizadas para auxiliar nos déficits de memória é a recuperação espaçada. Nessa tarefa, é fornecida uma informação para o portador de doença de Alzheimer que se gostaria que ele memorize, por exemplo, o nome de alguém ou o nome de alguma medicação. Pede-se para o paciente repetir quase imediatamente essa informação e se solicita novamente a intervalos cada vez mais espaçados (30 segundos, 1 minuto, 2 minutos, e assim subsequentemente). Se a pessoa errar ou não se recordar, é falada novamente a informação, repetindo a tentativa até obter a resposta correta. Conforme o intervalo ficar mais espaçado, isso auxilia a pessoa a memorizar aquela informação.
Além das estratégias para memória, são utilizadas habilidades de compensação (como fazer uso de mnemônicos) e ferramentas externas (como usar calendários, agendas, anotações).
Bibliografia: Mast, BT; Yochim, BP. Doença de Alzheimer e demência. 1 ed. São Paulo : Hogrefe, 2019.