Experiências adversas na infância
Experiências adversas na infância – Adverse Childhood Experience (ACEs) – e suas consequências
O termo Experiências Adversas da Infância (ACEs) é usado para descrever eventos potencialmente traumáticos, vivenciados durante a infância, que podem ter efeitos negativos e duradouros na saúde e no bem-estar desse indivíduo ao longo de sua vida, como o aumento de risco para doenças crônicas (físicas e psíquicas), comportamentos de risco à saúde e morte precoce.
As experiências adversas na infância são divididas em três grupos: abuso, ‘desafios’ domésticos e negligência. São eles: abuso físico, abuso sexual e abuso emocional; negligência física e emocional; pais com doenças psíquicas, violência doméstica materna, divórcio parental, história de uso de substâncias psicoativas (álcool e outras drogas) e história de pais em cárcere privado. Quanto maior o número de eventos traumáticos (ACEs) que a criança é exposta, maior o risco para diversos desfechos negativos a saúde tanto na adolescência como na vida adulta. São exemplos desses desfechos negativos:
– Alterações comportamentais: sedentarismo, problemas de aprendizagem, uso de drogas no início da adolescência, início precoce da atividade sexual, gravidez na adolescência e paternidade na adolescência, violência interpessoal e autodirigida.
– Problemas de saúde mental: TDAH, comportamentos de oposição, dependência química, depressão e suicídio.
– Problemas de saúde física: obesidade grave, diabetes, doenças cardíacas e pulmonares, acidente vascular encefálico, câncer, doenças sexualmente transmissíveis.
Devido ao grande impacto negativo dessas experiências adversas na infância é essencial a prevenção a esses eventos, assim como a identificação e intervenção precoce para minimizar a exposição da criança a esses eventos.