No dia 30 de abril tive a alegria de participar do lançamento de um livro que ajudei a escrever. É um livro didático, de nome “Clínica Psiquiátrica”, cujo público alvo principal são estudantes de Medicina e residentes em Psiquiatria, bem como outros estudantes e profissionais interessados em Saúde Mental.
Pesquisas recentes têm demonstrado que o ensino é, curiosamente, a melhor forma de se aprender. Quando se senta para planejar a exposição de um conteúdo, a consequência natural é justamente a melhor organização e sedimentação daquele conhecimento que o autor se propôs a transmitir.
O esforço também ajuda a mitigar uma dívida de gratidão com a minha alma mater, onde me formei como profissional e, em boa parte, como ser humano: a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Muito se fala da riqueza de casos (ou, se quiserem um nome menos isento, a riqueza de sofrimento) presentes no Hospital das Clínicas, de valor inestimável para a formação técnica e emocional do profissional médico. Poucos, no entanto, sabem dos esforços feitos para a transmissão do conhecimento teórico naquele ambiente.
Como estudantes de Medicina, ingressamos na base da pirâmide acadêmica, e aprendemos com colegas em um estágio mais avançado da formação. Quando vamos adquirindo conhecimento e experiência (e galgando degraus nesta pirâmide) nada mais natural que sermos nós agora a transmitirmos um pouco do conhecimento que recebemos.
Talvez seja um aspecto curioso desta “escada” o fato de que a melhor forma de manifestar nossa gratidão para com nossos mestres seja traduzi-la em esforços com os mais novos.
Outro aspecto fascinante é a possibilidade de contínuo aprimoramento da cadeia: o aluno de ontem, ciente das imperfeições do conteúdo que lhe foi transmitido como aluno, pode tentar corrigi-los através de estudos mais aprofundados sobre este ou aquele assunto.
É um mecanismo que exige um certo grau de desprendimento do indivíduo, naturalmente. O bom mestre é aquele que é superado pelo seu discípulo, em última análise.
Ainda mais gratificante foi poder escrever sobre um tema que tanto me interessa. Longe de ser um mero compêndio de curiosidades decadentes, a História da Psiquiatria é a história de um organismo vivo, moldado pelos erros e acertos de seu passado distante e recente.
Tomar consciência desta trajetória é fundamental para a compreensão da prática atual, e evitar, espera-se, recorrer nos graves erros cometidos em um passado não muito distante (num grau um pouco menor no nosso caso, podemos falar sobre alguns acertos do passado um pouco esquecidos, também).
Me estimula bastante, também, pensar que a incrível história da Ciência que eu amo possa cativar estudantes de Medicina, motivando-os a escolher a carreira que eu optei para mim.
Por fim, nada mais verdadeiro que entender, nessa perspectiva de contexto histórico e didático do livro, o nosso papel: somos apenas um ponto na História. A prática psiquiátrica é tão imperfeita quanto qualquer outra obra do ser humano, e a busca pelo seu aprimoramento deve transcender a mera trajetória individual.
No dia 30 de abril tive a alegria de participar do lançamento de um livro que ajudei a escrever. É um livro didático, de nome “Clínica Psiquiátrica”, cujo público alvo principal são estudantes de Medicina e residentes em Psiquiatria, bem como outros estudantes e profissionais interessados em Saúde Mental. Pesquisas recentes têm demonstrado que o ensino é, curiosamente, a melhor forma de se aprender. Quando se senta para planejar a exposição de um conteúdo, a consequência natural é justamente a melhor organização e sedimentação daquele conhecimento que o autor se propôs a transmitir. O esforço também ajuda a mitigar uma dívida de gratidão com a minha alma mater, onde me formei como profissional e, em boa parte, como ser humano: a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Muito se fala da riqueza de casos (ou, se quiserem um nome menos isento, a riqueza de sofrimento) presentes no Hospital das Clínicas, de valor inestimável para a formação técnica e emocional do profissional médico. Poucos, no entanto, sabem dos esforços feitos para a transmissão do conhecimento teórico naquele ambiente. Como estudantes de Medicina, ingressamos na base da pirâmide acadêmica, e aprendemos com colegas em um estágio mais avançado da formação. Quando vamos adquirindo conhecimento e experiência (e galgando degraus nesta pirâmide) nada mais natural que sermos nós agora a transmitirmos um pouco do conhecimento que recebemos. Talvez seja um aspecto curioso desta “escada” o fato de que a melhor forma de manifestar nossa gratidão para com nossos mestres seja traduzi-la em esforços com os mais novos. Outro aspecto fascinante é a possibilidade de contínuo aprimoramento da cadeia: o aluno de ontem, ciente das imperfeições do conteúdo que lhe foi transmitido como aluno, pode tentar corrigi-los através de estudos mais aprofundados sobre este ou aquele assunto. É um mecanismo que exige um certo grau de desprendimento do indivíduo, naturalmente. O bom mestre é aquele que é superado pelo seu discípulo, em última análise. Ainda mais gratificante foi poder escrever sobre um tema que tanto me interessa. Longe de ser um mero compêndio de curiosidades decadentes, a História da Psiquiatria é a história de um organismo vivo, moldado pelos erros e acertos de seu passado distante e recente. Tomar consciência desta trajetória é fundamental para a compreensão da prática atual, e evitar, espera-se, recorrer nos graves erros cometidos em um passado não muito distante (num grau um pouco menor no nosso caso, podemos falar sobre alguns acertos do passado um pouco esquecidos, também). Me estimula bastante, também, pensar que a incrível história da Ciência que eu amo possa cativar estudantes de Medicina, motivando-os a escolher a carreira que eu optei para mim. Por fim, nada mais verdadeiro que entender, nessa perspectiva de contexto histórico e didático do livro, o nosso papel: somos apenas um ponto na História. A prática psiquiátrica é tão imperfeita quanto qualquer outra obra do ser humano, e a busca pelo seu aprimoramento deve transcender a mera trajetória individual.
No Brasil, até meados do século XIX, os pacientes psiquiátricos eram objeto da justiça: os violentos iam para as prisões e os pacíficos perambulavam pelas ruas sem receberem qualquer tipo de tratamento especializado.
A Mancini Psiquiatria e Psicologia oferece soluções customizadas em Saúde Mental para a sua empresa, desde a detecção e tratamento de transtornos psiquiátricos e psicológicos até diagnósticos e intervenção sistêmicos da identidade corporativa.