EFEITOS DA RUMINAÇÃO
Podemos definir pensamentos ruminantes como aqueles que repetidamente voltam à nossa mente, e que estão frequentemente associados a eventos e sentimentos negativos e preocupações. São pensamentos que podem ter efeitos em nossa saúde mental e física.
O impacto na saúde mental é um dos principais efeitos deste tipo de pensamento que pode se manifestar em ansiedade e depressão. Quando alguém fica constantemente revivendo um evento doloroso e se preocupando com o futuro, cria-se um ciclo de pensamentos difícil de ser quebrado. Isso pode levar a sentimentos persistentes de tristeza, desesperança e baixa autoestima, por exemplo. A ruminação impede que a pessoa desfrute do momento presente, já que está sempre focada no passado ou no futuro.
A saúde física também pode ser impactada com os pensamentos ruminantes. Estudos já mostraram que a ruminação está associada ao aumento dos níveis de cortisol, hormônio do estresse, no corpo. Níveis elevados de cortisol podem levar a uma série de problemas de saúde, incluindo insônia, hipertensão, problemas digestivos e até doenças cardíacas. Além disso, a constante preocupação pode resultar em tensão muscular, dores de cabeça e fadiga.
O campo dos relacionamentos também pode sofrer efeitos de tais pensamentos. Pessoas que ruminam tendem a se tornar mais irritáveis e menos capazes de se concentrar, o que pode levar a problemas no trabalho e nas relações interpessoais, pois a pessoa pode se mostrar distante ou desinteressada nas interações sociais.
A ruminação acaba por impedir a resolução efetiva dos problemas, uma vez que o indivíduo está preso em um ciclo de preocupações e sentimentos negativos em vez de buscar soluções práticas.
Além disso, este tipo de pensamento indica que há situações que ainda não foram “fechadas” para a pessoa, mas que ainda se mostram presentes trazendo prejuízos para ela mesma. Se for o caso, a psicoterapia pode servir de ferramenta para lidar e elaborar estas questões, promovendo saúde e liberdade.